Libertação de Brittney Griner? "Que vergonha estúpida e antipatriótica"

O ex-presidente dos EUA criticou a troca da basquetebolista pelo traficante de armas russo, Viktor But.

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© Joe Raedle/Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
09/12/2022 14:53 ‧ 09/12/2022 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, criticou, na quinta-feira, a libertação da basquetebolista norte-americana Brittney Griner, na sequência de uma troca de prisioneiros com a Rússia.

Griner, recorde-se, foi ontem libertada e aterrou hoje no estado norte-americano do Texas. A troca foi autorizada pela administração do presidente Joe Biden, que ‘devolveu’ à Rússia Viktor But, um traficante de armas conhecido como ‘Mercador da Morte’. 

“Que tipo de acordo é o de trocar Brittney Griner, uma jogadora de basquetebol que odeia abertamente o nosso país pelo homem conhecido como 'O Mercador da Morte?”, questionou Trump numa publicação na sua rede social Truth Social, citado pela imprensa internacional. “Que vergonha estúpida e antipatriótica para os EUA!”

Na ótica do republicano, Paul Whelan deveria ter sido libertado em vez da atleta. O ex-fuzileiro, com cidadania norte-americana, foi detido em 2018 sob acusações de espionagem e condenado em 2020 a 16 anos de prisão. Durante o seu mandato, entre 2017 e 2021, Trump recusou comentar a detenção de Whelan.

Já em agosto, quando Washington propôs ao Kremlin um acordo para a repatriação da basquetebolista e do ex-fuzileiro, em troca do traficante de armas, Trump lembrou que Griner tinha na sua posse óleo de canábis.

“Ela sabia que não se entra lá [na Rússia] carregada de drogas e admitiu-o”, afirmou. “Não parece, certamente, uma troca muito boa, pois não?”, questionou, acrescentando que Viktor Bout é “absolutamente um dos piores [traficantes] do mundo”.

“Vai-lhe ser a liberdade porque uma pessoa mimada entrou na Rússia cheia de drogas”, rematou. 

“Eles [russos] não gostam de drogas. E ela foi apanhada. Agora é suposto tirá-la de lá - e ela ganha, sabe, muito dinheiro, suponho eu. É suposto que a façamos sair por um assassino absoluto e um dos maiores traficantes de armas do mundo. Matou muitos americanos. Matou muitas pessoas”, acrescentou ainda. 

Griner, que venceu duas medalhas de ouro olímpicas com os Estados Unidos, foi detida no aeroporto de Moscovo em fevereiro por alegada posse de droga e, em agosto, foi sentenciada a nove anos e meio de prisão.

A jogadora dos Phoenix Mercury durante a pausa da Liga norte-americana feminina de basquetebol (WNBA) representava, desde 2014, o UMMC Ekaterinburg.

Os Estados Unidos conseguiram o regresso de Griner após vários meses de negociações com o governo liderado por Vladimir Putin, numa altura em que as relações entre os dois países estão ainda mais tensas e deterioradas por causa da invasão da Rússia à Ucrânia.

Leia Também: Troca entre EUA e Rússia? "Relações continuam num estado lamentável"

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