"O fomento do diálogo político, da cooperação para o desenvolvimento e das relações económicas e tecnológicas sul-sul e com os principais parceiros, como a UE [União Europeia], é fundamental para concretizar a nossa ambição comum de desenvolvimento sustentável", afirmou o chefe do Governo cabo-verdiano.
Ao intervir na abertura do debate na 10.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da OEACP, que se realiza em Luanda, Correia e Silva sublinhou que para construir essa organização resiliente e sustentável é preciso vencer desafios comuns.
Entre eles a transição energética e de ação climática, a eliminação da pobreza extrema e a diversificação e inserção das economias na economia mundial para aumentar o potencial de crescimento económico e de criação de empregos, particularmente para os jovens.
"Nos Estados ACP a ação climática é incontornável", entendeu, dizendo, igualmente, que no caso dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento, que são mais mar do que terra, a proteção dos oceanos é vital.
"É uma emergência mundial. Nesse sentido, seguimos com particular interesse as iniciativas encetadas no âmbito da OEACP visando a operacionalização urgente do fundo destinado a financiar perdas e danos dos países em desenvolvimento. As conclusões da COP27 [27.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas] nesse caso são animadoras", frisou o primeiro-ministro de Cabo Verde.
Para Ulisses Correia e Silva, o fator crítico é a ação e o tempo, pelo que considerou que, para isso, é preciso uma "forte vontade política e um forte compromisso com o futuro".
"Saudamos igualmente os esforços encetados no sentido da finalização do Índice de Vulnerabilidade e Resiliência", continuou, afirmando que, na sua condição de pequeno Estado insular em desenvolvimento, Cabo Verde congratula-se com as iniciativas e atividades no quadro do Fórum dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
"Saudamos igualmente, o recente lançamento da Plataforma de Compromisso da Diáspora, importante para a troca de experiências e boas práticas do contributo das comunidades emigradas para o desenvolvimento", terminou.
A Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico representa aproximadamente um terço das nações do planeta e integra 79 países de três continentes.
Angola assumiu a liderança da organização, substituindo o Quénia.
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