"Exortamos os nossos parceiros a apoiar a transformação estrutural económica dos nossos países, a facilitar os investimentos e a cumprir as suas obrigações em matéria de desempenho climático", lê-se nas conclusões da décima cimeira de chefes de Estado e de Governo da OEACP, que decorreu até sexta-feira em Luanda sob o tema "Três continentes, três oceanos, um destino comum: construir uma OEACP resiliente e sustentável".
"Apelamos a um maior apoio técnico e financeiro, incluindo o desenvolvimento de capacidades e a transferência de tecnologia", acrescenta a declaração.
Para a OEACP, é imperativo que mais países desenvolvidos entreguem os 100 mil milhões de dólares prometidos, "sem mais demoras", para assegurar que as nações empobrecidas se adaptem e atenuem os efeitos da crise climática.
Os países membros também se comprometeram a "enfrentar a crise climática e a melhorar a resistência às mudanças, procurar sistemas sustentáveis e seguros de acesso a alimentos e energia, e enfrentar a crise da biodiversidade e outros desafios ambientais".
Durante esta cimeira, a organização também aceitou as Maldivas como membro de pleno direito e "lamentou" a decisão da África do Sul de se retirar da organização "com efeito imediato".
Por seu lado, o presidente de Angola, João Lourenço, que dirigirá a organização durante os próximos três anos, disse que a sua liderança se centrará na "atenuação dos efeitos das alterações climáticas, boa governação, transparência, e valorização da produção interna de cada país".
João Lourenço reafirmou a responsabilidade da organização em continuar a combater a pobreza.
Neste sentido, o secretário-geral da OEACP, o angolano Georges Chikoty, salientou: "Na sua busca para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030 e implementar o Acordo de Paris sobre a crise climática, a OEACP deve e pode mobilizar recursos internamente e em colaboração com os nossos parceiros de desenvolvimento para erradicar a pobreza extrema nos nossos países".