Conhecido crítico de qualquer tipo de negociação entre a Ucrânia e o regime do presidente russo, Vladimir Putin, o conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, voltou a reforçar a sua posição, este domingo. O responsável apontou, na rede social Twitter, que o chefe de Estado russo “é absolutamente incapaz de negociar”, considerando que “todos os líderes europeus que conversam com ele periodicamente estão cientes disso”.
“Putin é absolutamente incapaz de negociar. Acho que todos os líderes europeus que conversam com ele periodicamente estão cientes disso. Ele negligencia diretamente o direito internacional, e quer tomar territórios e matar ucranianos até que suas exigências sejam atendidas”, escreveu.
Face a esta conjetura, na sua ótica, “a solução é óbvia – a vitória da Ucrânia”, rematou.
Multiplicam-se as declarações do conselheiro presidencial ucraniano quanto à rejeição de conversações com a Rússia que, a seu ver, não trariam paz, mas acumulariam vítimas, ao representar a vitória de Putin.
Putin is absolutely incapable of negotiating. I guess, all European leaders who talk to him periodically are aware of it. He directly declares neglecting international law, desire to seize territories and kill Ukrainians until his demands are met. Solution is obvious – 🇺🇦 victory
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 11, 2022
Ainda assim, Podolyak indicou, noutra ocasião, que “a Ucrânia nunca se recusou a negociar”.
“A nossa posição de negociação é conhecida e aberta. Putin está pronto? Obviamente que não. Portanto, somos construtivos na nossa avaliação: falaremos com o próximo líder da [Rússia]”, disse, alertando que, para a porta das conversações ser aberta, a Rússia deverá retirar as suas tropas da Ucrânia.
Por seu turno, o Kremlin estará apenas disposto a sentar-se à mesa de negociações com o Estados Unidos como intermediário caso o país reconheça a anexação dos territórios ucranianos por parte da Rússia. Assim, o impasse continua.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.702 civis desde o início da guerra e 10.479 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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