Soldados estão descontentes com Shoigu e Putin, diz nacionalista russo
Russo, procurado pelas autoridades ucranianas e neerlandesas pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, em 2014, esteve ao lado das tropas de Moscovo, na Ucrânia, e faz agora algumas revelações menos boas para o presidente da Rússia e o seu ministro da Defesa.
© Contributor/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Um influente nacionalista russo denunciou a insatisfação que existe entre as tropas de Moscovo na Ucrânia no que diz respeito ao Ministério da Defesa da Rússia, bem como ao presidente do país, Vladimir Putin, pela forma como está a ser levada a guerra.
Segundo a Reuters, num vídeo de 90 minutos, Igor Girkin, que é ex-oficial do FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa), revelou que alguns oficiais russos, que estão a combater na Ucrânia, estão descontentes com os altos escalões militares, bem como com o presidente da Rússia. Estas revelações surgem após Girkin passar alguns meses na zona de conflito.
O nacionalista russo, que ajudou na anexação da Crimeia, em 2014, afirmou, cita a Reuters, que "a cabeça do peixe está completamente podre" e que as forças armadas russas precisavam de reformas e do recrutamento de pessoas competentes, capazes de liderar uma campanha militar bem-sucedida.
Segundo Girkin, alguns militares de nível médio foram claros sobre a sua insatisfação com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e com Putin.
"Não sou só eu... As pessoas não são cegas e surdas de jeito nenhum: as pessoas de nível médio já nem escondem as suas opiniões que, como vou dizer, não são totalmente elogiosas sobre o presidente ou o ministro da Defesa", afirmou.
Até ao momento, o Ministério da Defesa russo ainda não se manifestou sobre estas declarações. Segundo a Reuters, Girkin tem sido um crítico de Shoigu pelas derrotas da Rússia no campo de batalha.
Igor Guirkin, também conhecido como 'Strelkov', é procurado pelas autoridades ucranianas e neerlandesas pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, em 2014. Na última semana, soube-se que regressou à Rússia, depois de quase dois meses ao lado das forças pró-russas, no Donbass.
Sublinhe-se que a guerra na Ucrânia dura há quase 10 meses e não se vislumbra o fim o conflito.
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