O aumento das pensões contributivas em Espanha ficou hoje determinado por ter sido conhecida a inflação de novembro.
O Governo espanhol garantiu que manteria o aumento das pensões previsto na lei, indexado à inflação, apesar de este indicador (que reflete a subida dos preços) ter disparado no último ano.
Assim, as pensões contributivas em Espanha vão aumentar 8,5% em 2023.
Já as pensões não contributivas manterão no próximo ano o aumento de 15% que já havia sido anunciado.
O Governo espanhol calculou que o aumento das pensões em 2023 terá um impacto de 13.700 milhões de euros.
Segundo os números oficiais mais recentes, o aumento de 8,5% abrange mais de 10 milhões de pensionistas em Espanha.
A regra de atualizar as pensões em função da média da inflação foi adotada em 2021.
Os preços em Espanha subiram 6,8% em novembro, comparando com o mesmo mês de 2021, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol, confirmando o quarto mês consecutivo de abrandamento da inflação no país.
A inflação (subida dos preços comparando com o mesmo mês do ano anterior) foi 10,5% em agosto, 8,9% em setembro e 7,3% em outubro em Espanha.
Nos dados hoje divulgados, o INE espanhol confirma a estimativa que tinha feito do número da inflação para novembro e diz que a evolução da taxa se deve à descida da eletricidade "maior do que em novembro de 2021", assim como dos combustíveis, que há um ano tinham aumentado.
Segundo o instituto, também os preços da roupa e do calçado contribuíram para a moderação da inflação em novembro, porque o aumento dos preços das novas coleções que chegaram às lojas foi inferior ao de 2021.
Por fim, houve uma descida dos preços do alojamento na hotelaria que foi maior do que no ano passado.
Apesar da moderação da inflação, os dados do INE espanhol revelam que os preços dos alimentos continuam a aumentar em Espanha.
Assim, os preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas subiram 15,3% em novembro, comparando com o mesmo mês de 2021, uma variação quase igual à registada em outubro (15,4%), que foi a maior desde janeiro de 1994.
Sem os preços dos alimentos não elaborados e da energia (inflação subjacente), a variação dos preços em novembro em Espanha foi 6,3%, mais uma décima do que em outubro, segundo os mesmos dados do INE.
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