Von der Leyen reitera "vanguarda" europeia no apoio a Kyiv

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen reiterou hoje que a União Europeia (UE) está e permanecerá "na vanguarda" do apoio à Ucrânia, alertando que a guerra russa prosseguirá em 2023.

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Lusa
15/12/2022 23:04 ‧ 15/12/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A UE está na vanguarda do apoio ao seu vizinho, tal como deve estar, e assim continuará", disse a líder do executivo comunitário, comentando a adoção, pelo Conselho Europeu, de um novo pacote de assistência macrofinanceira (AMF) à Ucrânia de 18 mil milhões de dólares para 2023.

Falando em conferência de imprensa no final de uma cimeira da UE, em Bruxelas, Von der Leyen destacou que uma das "consequências massivas" da guerra para os 27 é económica, nomeadamente no que respeita aos preços e abastecimento de energia.

Os líderes dos 27 aprovaram hoje um pacote de AMF a Kiev, que será entregue ao longo de 2023 em parcelas mensais de 1,5 milhões de euros.

Paralelamente, os embaixadores dos Estados-membros junto da UE aprovaram, numa reunião à margem do Conselho Europeu, o nono pacote de sanções à Rússia, que será confirmado por procedimento escrito na sexta-feira.

Com a adoção deste nono pacote de sanções, serão incluídos mais 200 indivíduos e entidades, incluindo as Forças Armadas, assim como empresas de Defesa ligadas ao Kremlin (Presidência russa), membros do Parlamento russo e do Conselho da Federação, ministros, governadores e partidos políticos.

Um total de 1.241 indivíduos e 118 entidades estão abrangidos na lista de sanções da UE, que abrangem congelamento de bens e proibição de viajar.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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