A União Europeia ameaçou o dono do Twitter, Elon Musk, com sanções europeias após vários jornalistas a cobrir assuntos relacionados com a empresa verem as contas abruptamente suspensas.
Entre os banidos estão jornalistas do New York Times, CNN, Washington Post, ao Intercept e ao Mashable.
A vice-presidente da Comissão Europeia, Věra Jourová, alertou que a Lei dos Serviços Digitais requer respeito pela liberdade de imprensa. "O Elon Musk devia saber isso. Há linhas vermelhas. E sanções, em breve", tweetou.
Jourova referiu ainda que as "notícias sobre a suspensão arbitrária de jornalistas no Twitter são preocupantes".
Um porta-voz do Twitter disse ao The Verge que a suspensão estava relacionada com a partilha de localizações em tempo real. A questão surgiu após Musk ter prometido processar o dono de um perfil que registava a localizações do seu avião privado.
Musk ainda não se pronunciou publicamente sobre a questão, mas tweetou recentemente: "Criticarem-me todo o dia é totalmente ok, mas revelarem a minha localização em tempo real e porem a minha família em perigo não é".
Criticizing me all day long is totally fine, but doxxing my real-time location and endangering my family is not
— Elon Musk (@elonmusk) December 16, 2022
Acrescentando que as contas que partilhem informação privada sobre outras pessoas recebem uma suspensão temporária de sete dias.
Accounts engaged in doxxing receive a temporary 7 day suspension
— Elon Musk (@elonmusk) December 16, 2022
"As mesmas regras aplicam-se a 'jornalistas' como a todos os outros. Partilharam a minha localização em tempo real, basicamente coordenadas para assassinato em (óbvia) violação direta dos termos e condições de serviço", rematou.
They posted my exact real-time location, basically assassination coordinates, in (obvious) direct violation of Twitter terms of service
— Elon Musk (@elonmusk) December 16, 2022
Leia Também: Twitter baniu jornalistas que escreveram sobre Elon Musk