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Pró-russos de Lugansk acusam ucranianos de bombardeamentos mortais

As autoridades de ocupação russas na região de Lugansk, no leste da Ucrânia, acusaram as forças ucranianas de terem bombardeado hoje três localidades, provocando nove mortos e 24 feridos.

Pró-russos de Lugansk acusam ucranianos de bombardeamentos mortais
Notícias ao Minuto

12:08 - 16/12/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Hoje de manhã cedo, ataques de artilharia por nacionalistas atingiram a cidade de Stakhanov e a aldeia de Lantratovka, no distrito de Troitsky. Oito pessoas morreram, 23 ficaram feridas", denunciou o líder da República Popular de Lugansk, Leonid Pasetchnik, na rede social Telegram, segundo transcrição divulgada no centro de imprensa regional.

Num outro ataque, segundo um outro comunicado divulgado pelo centro de imprensa de Lugansk, um civil morreu e outro ficou ferido em Svatovo.

Lugansk e Donetsk constituem a região ucraniana do Donbass e viram a sua declaração unilateral de independência ser reconhecida pela Rússia na véspera da invasão da Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro deste ano.

Moscovo integrou Lugansk e Donetsk no território da Federação Russa em 30 de setembro, juntamente com Kherson e Zaporijia, depois de ter anexado a península da Crimeia em 2014.

As autoridades de Kyiv e a generalidade da comunidade internacional não reconhecem a soberania russa nos territórios ucranianos anexados.

O anúncio de Pasetchnik foi divulgado depois de as forças russas terem realizado mais uma série de ataques em várias zonas da Ucrânia, causando pelo menos dois mortos, e cortes de água e de energia em algumas cidades.

As duas vítimas dos bombardeamentos russos morreram num edifício residencial de Kryvyi Rih, cidade natal do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de acordo com o governador regional Valentin Reznichenko, citado pela agência francesa AFP.

As autoridades ucranianas disseram que cerca de 40 mísseis foram lançados contra Kyiv, 37 dos quais "foram destruídos pelas forças de defesa aérea".

A administração militar da região de Kyiv disse que tinha resistido a "um dos maiores ataques de mísseis" desde o início da invasão russa, segundo a AFP.

Os ataques russos de hoje demonstram a determinação de Moscovo em destruir as infraestruturas de energia da Ucrânia, como admitiu o Presidente russo, Vladimir Putin, há cerca de uma semana.

Confrontada com uma série de grandes reveses militares no nordeste e sul do país no outono, a Rússia optou, em outubro, por uma tática de destruição das redes elétricas da Ucrânia, mergulhando milhões de civis no frio e na escuridão no inverno.

Esta tática russa foi denunciada recentemente pela ONU, que alertou para o risco que correm milhões de civis na Ucrânia, bem como para a possibilidade de uma nova onda de refugiados na Europa.

Mais de 7,8 milhões de pessoas fugiram da guerra na Ucrânia para outros países europeus, havendo ainda 6,5 milhões de deslocados internos, segundo dados das Nações Unidas.

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares em quase dez meses de guerra, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será elevado.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Leia Também: Ucrânia: Dois mortos e cinco feridos em ataque russo contra Krivoy Rog

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