Através de um decreto presidencial, o chefe de Estado guineense, Umaro Sissoco Embaló, definiu hoje a nova data de eleições, depois de frustrada a realização do escrutínio marcado antes para 18 de dezembro.
Ao reagir hoje ao decreto presidencial, após se recensear em Bissau, o líder do PAIGC disse, em declarações aos jornalistas, que agora espera que as eleições legislativas tenham lugar na nova data marcada por Umaro Sissoco Embaló.
"Peca por tardio. O recenseamento começou no dia 10 e foi preciso tanto tempo para anunciar uma nova data de eleições", observou Domingos Simões Pereira.
O líder do PAIGC afirmou que, mesmo perante "os problemas", inscreveu-se enquanto cidadão nos cadernos eleitorais e na qualidade de dirigente político continua a defender que o processo eleitoral tenha arrancado numa altura em que a Comissão Nacional de Eleições "está caduca".
"Como líder político continuo a lamentar que este processo muito importante para o exercício democrático acontece num momento em que o órgão que tem competência para supervisão, para fiscalização, é um órgão caduco, ilegal, que não está em ordem", sublinhou Simões Pereira.
O PAIGC e outras duas formações políticas com assento no extinto parlamento guineense defendem a substituição do atual secretariado da CNE, cuja vigência consideram ter expirado em abril.
Domingos Simões Pereira espera que a questão da CNE, que um outro grupo de três partidos considera ter legitimadade e capacidade para organizar eleições, seja resolvida a nível da comissão permanente do parlamento, que tem tentado alcançar entendimentos entre as seis formações políticas.
"Mas, vá que não vá, estamos habituados como guineenses a trabalhar com o que é possível e não com o que é ideal. Pelo menos a data [das eleições] está marcada, esperamos que seja desta e para valer", sustentou Simões Pereira.
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