O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apelou, esta segunda-feira, ao fornecimento de mais armamento àquele país, numa reunião com vários líderes europeus, na Letónia. O responsável adiantou que as crianças ucranianas estão, também, a pedir armamento “nas suas cartas a São Nicolau”.
"Peço que aumente o fornecimento de sistemas de defesa aérea ao nosso país e ajude a acelerar a tomada de decisões relevantes por parte dos nossos parceiros", pediu o chefe de Estado ao primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, no âmbito da cimeira em Riga, realizada pela chamada Força Expedicionária Conjunta, que reúne doze países nórdicos, bálticos e do norte da Europa.
O responsável foi mais longe, adiantando que, neste dia de São Nicolau, assinalado esta segunda-feira, dia 19 de dezembro, “os terroristas russos presentearam as crianças ucranianas com novos ataques aéreos”, cita a CNN.
“As crianças ucranianas, nas suas cartas a São Nicolau, estão a pedir defesas aéreas, armamento e a vitória. Uma vitória para elas, uma vitória para todos os ucranianos. Compreendem tudo, as nossas crianças. Deixem-nos agir”, disse, complementando que a vitória da Ucrânia representará uma “vitória para a Europa”, que “toda a gente espera”.
Nessa linha, Zelensky salientou que a forma “como a guerra terminará” depende “muito” dos aliados Ocidentais, atirando que “quanto mais bem-sucedidas forem as forças de defesa [da Ucrânia], mais rapidamente a agressão russa falhará”, cita a agência Reuters.
O chefe de Estado apelou, por isso, ao fornecimento de lançadores e mísseis NASAMS fabricados na Noruega, caças Gripen produzidos na Suécia, mísseis RBS 98 e artilharia Archer, assim como obuses Ceasar da Dinamarca, munição da Finlândia, misseis Stinger e NASAM da Lituânia, artilharia da Letónia e, por fim, obuses e munições da Estónia.
“Quanto mais depressa restaurarmos o controlo da nossa fronteira, mais forte será a nossa segurança”, rematou.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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