A basquetebolista norte-americana Brittney Griner pediu, esta quarta-feira, aos seus apoiantes para escreverem cartas de apoio a Paul Whelan, um ex-fuzileiro que está detido na Rússia.
O apelo surge dias após a atleta ter chegado aos Estados Unidos da América (EUA), depois de ter sido libertada de uma prisão russa, na sequência de uma troca de prisioneiros. A troca foi autorizada pela administração do presidente Joe Biden, que ‘devolveu’ à Rússia Viktor But, um traficante de armas conhecido como ‘Mercador da Morte’.
“Graças aos esforços de muitos, incluindo vossos, estou em casa após quase 10 meses”, escreveu Griner numa carta publicada na rede social Instagram, onde confessou que foram as cartas enviadas pelos seus apoiantes que a “ajudaram a não perder a esperança”.
“Ainda há demasiadas famílias com entes queridos detidos injustamente”, acrescentou. “Espero que se juntem, por escrito, a Paul Whelan e continuem a defender que outros americanos sejam resgatados e devolvidos às suas famílias”.
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Sublinhe-se que o ex-fuzileiro, com cidadania norte-americana, foi detido em 2018 sob acusações de espionagem e condenado em 2020 a 16 anos de prisão.
Griner, que venceu duas medalhas de ouro olímpicas com os Estados Unidos, foi detida no aeroporto de Moscovo em fevereiro por alegada posse de droga e, em agosto, foi sentenciada a nove anos e meio de prisão.
A jogadora dos Phoenix Mercury durante a pausa da Liga norte-americana feminina de basquetebol (WNBA) representava, desde 2014, o UMMC Ekaterinburg.
Os Estados Unidos conseguiram o regresso de Griner após vários meses de negociações com o governo liderado por Vladimir Putin, numa altura em que as relações entre os dois países estão ainda mais tensas e deterioradas por causa da invasão da Rússia à Ucrânia.
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