Com 13.206 doentes recuperados e 415 ainda em centros de tratamento, a taxa de mortalidade é de 2,98%, de acordo com uma declaração enviada hoje à agência noticiosa EFE e assinada pelo ministro da Saúde, Khumbize Kandodo Chiponda.
Desde o início da epidemia no distrito sul de Machinga, foram detetados casos em todos os 28 distritos do país, embora o surto tenha sido controlado em oito deles.
A maioria das mortes, segundo o ministério, ocorreu em comunidades ou em centros médicos depois de os pacientes terem entrado com sintomas demasiado avançados.
"É triste notar que alguns doentes de cólera não procuram cuidados precoces devido às suas crenças religiosas e isto está a causar uma maior propagação da doença, resultando na perda desnecessária de vidas no processo", salientou o ministro da Saúde.
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminada com a bactéria vibrio cholerae.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cólera continua a ser "uma ameaça global para a saúde pública e um indicador de desigualdade e de falta de desenvolvimento".
No auge da estação das chuvas na África Austral, as autoridades advertiram esta semana as comunidades que vivem perto de rios e lagos do risco de inundações, que poderiam exacerbar a propagação da doença.
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