UE: "Fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos"

O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, disse hoje que os 27 "condenam" a tentativa de golpe de Estado denunciada na quarta-feira pelo Governo da Gâmbia.

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Lusa
22/12/2022 20:24 ‧ 22/12/2022 por Lusa

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"A União Europeia condena a tentativa de golpe na Gâmbia e reafirma o seu total apoio ao Presidente Adama Barrow", escreveu Borrell na rede social Twitter.

Na sua mensagem, Borrell acrescenta que "fortalecer" uma Gâmbia democrática "é do interesse de todos".

O Governo da Gâmbia anunciou na quarta-feira que tinham sido detidos quatro militares e que tinha conseguido impedir um golpe de Estado, assegurando que a situação está "totalmente controlada"

De acordo com a agência France-Presse, não há qualquer outra confirmação desta alegada tentativa de golpe de Estado para além da declaração do Governo, havendo apenas alguns relatos de soldados que se deslocaram pelo quartel-general presidencial no centro da capital, Banjul, na terça-feira à noite, e boatos sobre uma tentativa de golpe.

Em comunicado, o porta-voz do Governo gambiano, Ebrima G. Sankareh anunciou que "a partir de informações secretas, alguns soldados do Exército gambiano estavam a conspirar para derrubar o Governo democraticamente eleito do Presidente Adama Barrow, mas o alto comando (das forças armadas da Gâmbia) montou rapidamente uma operação militar ontem [terça-feira] e deteve quatro soldados ligados a esta alegada tentativa de golpe".

Em Paris, o Ministério dos Negócios Estrangeiros divulgou também hoje um comunicado que anuncia que "condena firmemente" a tentativa de golpe de Estado

A Gâmbia vive num regime multipartidário somente desde 2017, após cerca de 20 anos de ditadura de Yahya Jammeh.

A confirmar-se, esta seria a mais recente tentativa de golpe na África Ocidental desde 2020, após dois golpes bem-sucedidos no Mali e no Burkina Faso e outro na Guiné-Conacri, e uma tentativa na Guiné-Bissau, que está fisicamente próxima da Gâmbia, separada apenas por uma pequena faixa de 300 quilómetros de território senegalês.

Leia Também: União Africana e CEDEAO condenam alegada tentativa de golpe na Gâmbia

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