"Monte de esterco". Mercenários criticam Ministério da Defesa russo

Segundo o jornalista Christo Grozev,  o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou não ter "nada a dizer" sobre a publicação de um vídeo onde mercenários criticam a Rússia.

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Notícias ao Minuto
26/12/2022 15:16 ‧ 26/12/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Mercenários do Grupo Wagner filmaram um vídeo a criticar o Ministério da Defesa da Rússia e o chefe do Estado-Maior russo, Valeri Gerassimov, pela falta de apoio, nomeadamente na frente de combate em Bakhmut, na região ucraniana de Donetsk.

O caso foi denunciado, esta segunda-feira, pelo jornalista de investigação búlgaro Christo Grozev, que foi também hoje colocado na lista de ‘mais procurados’ do Ministério do Interior russo.

“És um monte de esterco... Onde estão as munições? Já não temos munições aqui [em Bakhmut]”. É desta forma que os mercenários na linha da frente se dirigem a Gerassimov, a quem pediram “ajuda”.

Segundo o jornalista Christo Grozev,  o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, afirmou não ter “nada a dizer sobre este vídeo”.

O Ministério do Interior russo colocou Grozev na lista de ‘mais procurados’ do país, sem, no entanto, especificar de que crime o jornalista é suspeito. 

Grozev, de 50 anos, faz parte do grupo de investigação Bellingcat e já publicou várias reportagens sobre a Rússia e o Kremlin, entre as quais o envenenamento do opositor russo Alexei Navalny.

“Não faço ideia com que fundamento o Kremlin me colocou na sua ‘lista de procurados’, pelo que não posso fornecer quaisquer comentários neste momento. De certa forma não importa - durante anos deixaram claro que têm medo do nosso trabalho e que não parariam por nada para o fazer desaparecer", disse Grozev na rede social Twitter.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de dez mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: FSB "eliminou 4 sabotadores" ucranianos que tentavam entrar na Rússia

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