O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, esta quarta-feira, que "não há" um lugar em Bakhmut - 'ponto quente' do conflito - "que não esteja coberto de sangue".
Numa publicação divulgada no Telegram, o chefe de Estado ucraniano indicou que, neste momento, "apenas alguns" civis continuam na cidade, localizada na província de Donetsk, e que ainda permanece sob controlo de Kyiv, apesar dos ataques constantes das tropas de Moscovo.
"No ano passado, 70 mil pessoas viviam lá. Agora apenas alguns civis lá ficaram. Não há lugar que não esteja coberto de sangue. Não há hora em que o terrível rugido da artilharia não soe. Ainda assim, Bakhmut permanece. As nossas forças de defesa estão de pé. O Donbass ucraniano está de pé", escreveu Zelensky.
Recorde-se que desde o verão que os russos tentam tomar Bakhmut, outrora conhecida pelos seus vinhedos e minas de sal e que tinha cerca de 70 mil habitantes antes da invasão de Moscovo, lançada no final de fevereiro.
Nos últimos meses, a cidade tornou-se palco de violentos confrontos, com elevadas baixas de ambos os lados, devido à exaustiva guerra de trincheiras, duelos de artilharia pesada e ataques frontais.
Enquanto as tropas russas reivindicam a tomada de aldeias e áreas nas proximidades da cidade, as forças ucranianas parecem controlar Bakhmut e parte dos arredores.
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