"A China sempre publicou os seus dados sobre mortes e casos graves de Covid-19 num espírito de abertura e transparência", disse Jiao Yahui, funcionário da Comissão de Saúde chinesa, na quinta-feira à noite, citado pela agência de notícias estatal Xinhua.
O país está a sofrer uma onda de infeções a uma escala sem precedentes desde o abandono abrupto, no início deste mês, da política "zero covid", em que a última decisão foi o fim, a partir de 08 de janeiro, das quarentenas obrigatórias à chegada à China.
Jiao Yahui lembrou que apenas os pacientes que morreram de insuficiência respiratória causada pelo vírus, depois de teste PCR foram considerados vítimas de covid-19.
Noutros países, os pacientes que morrem dentro de 28 dias após um teste positivo são contados como mortes por covid.
"A China sempre se comprometeu com os critérios científicos para determinar mortes de covid-19, o que está de acordo com os critérios internacionais, desde o início até ao fim", disse Jiao.
De acordo com a redução das restrições, a partir de 08 de janeiro, a China vai classificar a covid-19 como uma doença infecciosa de categoria B, quando até agora era de de categoria A, permitindo flexibilizar ainda mais as regras sanitárias.
Liang Wannian, chefe da política anti-covid da Comissão de Saúde da China, disse que a decisão era apropriada, científica e legalmente sólida, noticiou a Xinhua.
A mudança não significa que a China esteja a abrir a porta ao vírus, mas que está a dedicar mais recursos às áreas mais importantes, como o controlo de epidemias e o tratamento de pessoas infetadas, explicou Liang Wannian.
De acordo com a Universidade norte-americana Johns Hopkins, que desde o início da pandemia, fornece dados sobre casos e mortes da doença, a China registou até agora 4,4 milhões de casos e 16.938 óbitos.
A covid-19 é uma doença respiratória infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado há três anos na China e que se disseminou rapidamente pelo mundo, tendo assumido várias variantes e subvariantes, umas mais contagiosas do que outras.
A doença é uma emergência de saúde pública internacional desde 30 de janeiro de 2020 e uma pandemia desde 11 de março de 2020.
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