Chefes de diplomacia de Israel e EUA abordam "ameaça iraniana"
Os chefes de diplomacia de Israel, Eli Cohen, e dos Estados Unidos, Antony Blinken abordaram hoje o futuro dos Acordos de Abraão e a "ameaça iraniana", na primeira conversa de ambos após a formação do novo Governo de Israel.
© Getty Images
Mundo Diplomacia
"O ministro dos Negócios Estrangeiros e o Secretário de Estado norte-americano discutiram o esforço conjunto para expandir os Acordos de Abraão", disse um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
Estes foram os acordos mediados por Washington que levaram à normalização das relações diplomáticas entre o Estado judaico e os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Marrocos.
A intenção israelita e norte-americana é "expandir o círculo de países com os quais Israel tem acordos de normalização" e o novo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avançou que quer que a Arábia Saudita seja a próxima a aderir.
Cohen e Blinken também concordaram em realizar reuniões anuais entre os parceiros regionais, através da chamada Cimeira do Negev, um encontro de alto nível sem precedentes realizado em março de 2022 no sul de Israel, entre este país e quatro nações árabes vizinhas, e com a presença do secretário de Estado norte-americano.
O ministro israelita disse que a próxima reunião terá lugar em março deste ano, em Marrocos, embora não tenha dado mais detalhes sobre a data ou sobre os países participantes.
Este telefonema surge pouco depois do primeiro discurso de Cohen como ministro dos Negócios Estrangeiros, no qual declarou que Israel procurará expandir as suas relações com a União Europeia, continuará a enviar ajuda humanitária para a Ucrânia e anunciou que na terça-feira manterá uma conversa telefónica com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov.
Na conversa de hoje, que o Governo israelita indicou ter sido da iniciativa de Blinken para felicitar o seu homólogo pela nova posição, os dois chefes de diplomacia também abordaram "a ameaça iraniana" e Cohen "transmitiu a determinação de Israel em combater esta ameaça".
O ministro israelita manifestou preocupação com a recente resolução da Assembleia Geral da ONU, pedindo ao Tribunal Internacional de Justiça um "parecer consultivo" sobre a ocupação israelita dos territórios palestinianos e agradeceu o apoio dos EUA, que votaram contra, nesta questão.
O secretário de Estado norte-americano "reiterou o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a segurança e prosperidade do Estado de Israel" e concordou com Cohen "em continuar a trabalhar direta e estreitamente perante os desafios comuns", segundo o comunicado do Governo israelita.
Cohen integra o novo Governo chefiado por Benjamin Netanyahu que foi empossado na semana passada, formando um Governo com os seus parceiros ultraortodoxos e de extrema-direita.
No passado, as relações de Israel com os Estados Unidos foram por vezes turbulentas, principalmente sob os mandatos de Barack Obama, e na questão do estabelecimento de novos colonatos israelitas na Cisjordânia ocupada, politica à qual Washington se opõe.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também reiterou recentemente a posição dos Estados Unidos de apoio a uma solução de dois estados.
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