Mehdi Mohammadifard, um manifestante de 18 anos, foi condenado à morte sob a acusação de incendiar um quiosque da polícia de trânsito na cidade de Nowshahr, na província de Mazandaran, no Irão.
O alerta parte do grupo de Direitos Humanos do Irão, que revela que a sentença de morte foi emitida por um Tribunal Revolucionário na capital da província de Sari depois de condená-lo pelas acusações capitais de "corrupção na terra" e "inimizade contra Deus".
O diretor do IHR, Mahmood Amiry-Moghaddam, disse à AFP que, com base nas informações disponíveis, Mohammadifard será a pessoa mais jovem já condenada à morte por causa dos protestos que assolam o Irão nos últimos meses depois da morte de Mahsa Amini.
Já o site de notícias Mizan Online disse que a sentença de morte de outro manifestante, Mohammad Boroghani, tinha sido confirmada em dezembro pela Suprema Corte sob a acusação de "inimizade contra Deus".
Boroghani é acusado de "ferir um segurança com uma faca com a intenção de matá-lo e semear o terror entre os cidadãos", além de "incendiar o gabinete do governador em Pakdasht", uma cidade localizada a 43 quilómetros a sudeste da capital, Teerão. O jovem terá 19 anos.
Até agora, dois manifestantes, ambos de 23 anos, foram executados por envolvimento nos protestos, com a imprensa iraniana a estimar que mais de 20 aguardam pelas execuções.
Mais de 500 manifestantes morreram nos protestos, segundo grupos de defesa dos direitos humanos, que denunciam a dura repressão das autoridades.
No fim de semana, as forças de segurança reprimiram uma manifestação de protesto durante o funeral de um dos manifestantes que morreu na cidade curda de Javanrud, na província de Kermanshah (noroeste), próximo da fronteira com o Iraque.
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