Ucranianos com 'pé' em Minsk temem repetição de Bucha, mas recusam sair

Os residentes da região fronteiriça com a Bielorrússia contam ainda que vivem divididos, pois têm família na Bielorrússia - muitos já tinham mesmo trabalhado lá.

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Notícias ao Minuto
04/01/2023 10:43 ‧ 04/01/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

Numa altura em que a Rússia parece não abrandar com os ataques, e a possibilidade de uma nova entrada de militares a partir da Bielorrússia está em cima da mesa, muitos voluntários ucranianos mantêm-se na fronteira - assim como os residentes, que não querem abandonar o local.

"Não me vou embora e não quero fugir da minha terra. Para onde? Tenho 75 anos e aquelas bestas querem obrigar-nos a sair da nossa terra", explicou à Sky News Nadia Andreveya, residente na região de Volynska.

A residente, que toda a vida viveu toda  avida na fronteira com a Bielorrússia tem também a companhia da filha, que está preocupada com a possibilidade do que se passou em várias cidades ucranianas se repetir ali.

"Depois de Bucha, depois do que aqueles monstros fizeram lá, pensei que seria melhor se um míssil me caísse em cima do que viver o que aquelas pessoas passaram", confessou Stvitlana também à publicação britânica.

Esta é uma das muitas famílias que dividia a sua vida entre a Ucrânia e a Bielorrússia, tendo família no outro país. "Vivíamos todos juntos. Metade de nós vive na Bielorrússia. Eu costumava viver e trabalhar lá. Tenho familiares lá e costumávamos visitá-los", explicou Nadia, cuja família vive a cerca de 20 quilómetros de onde hoje estão os militares ucranianos - a defender uma eventual entrada com Alexander Lukashenko, primeiro-ministro do país e aliado do presidente russo.

Já mais próximo da fronteira, que são cerca de 200km protegidos pela 100.ª brigada ucraniana, está o capitão Vasyl Sydorchuk. À Sky News mostrou a fortaleza e explicou que o grupo, composto por voluntários, está bem protegido. "Tudo é bem observado a partir daqui. Podemos trabalhar com lançamento de granadas, armas - podemos usar tudo", garante o responsável.

Da fortaleza do capitão, também os jornalistas da Sky terão conseguido ouvir uma explosão durante a sua visita. "Não se preocupem. É dos nossos rapazes", afirmou o responsável, acrescentando que os barulhos das explosões surgem na sequência de um exercício para uma eventual entrada pelo país aliado de Vladimir Putin.

"Temos pessoal suficiente munições", nota o ucraniano, rematando: "Estamos prontos para os encontrar".

Leia Também: Rússia avança "sobre cadáveres dos seus próprios soldados" em Bakhmut

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