Um dos laureados com o Prémio Nobel da Paz em 2022 começou a ser julgado esta quinta-feira, em Minsk, na Bielorrússia.
Ales Bialiatski terá sido visto na sala onde decorreu a sessão do julgamento, de acordo com informação citada pela agência France-Press (AFP). Segundo a agência de notícias, Bialiatski foi visto por responsáveis do grupo de direitos humanos de que é co-fundador.
Também na sala de audiências estariam os seus associados, que foram detidos na mesma altura que o ativista, de 60 anos, que partilha o Nobel da Paz do último do ano com uma organização russa e outra ucraniana.
Os homens foram detidos após protestos contra o regime bielorrusso, em 2020, quando o atual presidente do país reclamou a vitória nas legislativas, umas eleições marcadas pelas críticas da comunidade internacional, que apontam o ato eleitoral como fraudulento.
Já na altura, Alexander Lukashenko e Vladimir Putin eram aliados e, com a ajuda do presidente da Rússia, o atual chefe de governo deteve alguns opositores, assim como os exilou.
Os responsáveis da organização de que é fundador, Viasna, defendem que a sua detenção tem como objetivo enfraquecer o que criou, que é considerada uma das maiores organizações de direitos humanos do país.
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