EUA preparam novo pacote militar de três mil milhões para a Ucrânia
Os Estados Unidos vão enviar à Ucrânia num novo pacote de ajuda militar avaliado em três mil milhões de dólares, que pela primeira vez inclui algumas dezenas de veículos de combate de infantaria Bradley, indicaram hoje responsáveis norte-americanos.
© Spencer Platt/Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
A ajuda deste armamento, que totaliza cerca de 2,85 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros), é o maior no conjunto de remessas de equipamento militar que o Pentágono recolheu das suas reservas para enviar à Ucrânia.
O objetivo consiste em fazer chegar rapidamente este material militar antes da primavera, quando se prevê um recrudescimento dos combates.
O anúncio oficial deverá ser emitido na sexta-feira, indicaram os responsáveis oficiais que se pronunciaram sob anonimato e citados pela agência noticiosa Associated Press (AP).
O Bradley, que se move através de lagartas e não com rodas, é um veículo de combate de média dimensão extremamente móvel e que pode transportar até dez militares, sendo considerado decisivo no transporte de tropas para o terreno de combate em segurança.
O pacote também inclui veículos HUMVEES e um grande número de mísseis e outras munições.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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