Um bebé recém-nascido foi deixado na única 'caixa de refúgio para bebés' na Florida, nos Estados Unidos da América (EUA). É a primeira vez que esta foi utilizada desde que foi instalada em novembro de 2020 - há mais de dois anos.
Ao que avança o Daily Mail este sábado, a caixa, inserida na parede de um quartel dos bombeiros em Ocala, é uma das 134 caixas de refúgio nos EUA que permitem aos pais entregar anonimamente os filhos recém-nascido no prazo de 72 horas (3 dias) após o nascimento da criança.
Já foram utilizadas 23 vezes no país desde que a primeira foi lançada - em novembro de 2017.
A fundadora e CEO da 'Safe Haven Baby Boxes', Monica Kelsey, agradeceu à pessoa que utilizou a caixa, mas não revelou o sexo da criança ou a hora e data da entrega para preservar o seu anonimato.
"Quando lançámos a caixa na Florida, eu sabia que não ia ser um 'se', mas sim uma questão de 'quando'", contou Kelsey à NPR, acrescentando que "não é uma surpresa".
Kelsey dirigiu-se ao pai/mãe da criança e agradeceu, ainda, o facto de ter entregue, de forma legal, o bebé: "Obrigada por manter o seu filho em segurança e obrigada por trazer o seu filho para um lugar que sabia que iria cuidar desta criança".
Todos os estados dos EUA têm leis que permitem aos pais entregar os bebés às autoridades sem medo de acusações criminais. Mais de dez estados introduziram nos últimos anos leis que permitem a instalação de caixas para bebés.
Estas leis asseguram que os pais biológicos sem condições, ou que não queiram a criança, tenham um local seguro para deixar os filhos. Desde que o bebé não seja prejudicado, não serão feitas perguntas, e o processo é completamente confidencial.
No entanto, têm atraído controvérsia. Em agosto passado, o New York Times publicou uma história que foi crítica à 'caixa de refúgio para bebés', chamando-a "um conceito que remonta à Europa medieval".
Segundo o mesmo jornal, a iniciativa é "conservadora", opõe-se ao aborto e dá maior ênfase à adoção.
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