Feitas 200 detenções em Brasília. O que aconteceu e quais os 'alvos'?

Apoiantes de Bolsonaro invadiram (e destruíram) o Congresso, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto. Lula já reagiu e decretou "intervenção federal" para garantir a segurança em Brasília.

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Notícias ao Minuto
08/01/2023 23:03 ‧ 08/01/2023 por Notícias ao Minuto

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Brasil

Foram já 200 pessoas detidas até ao momento, este domingo, na sequência das invasões levadas a cabo por apoiantes do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, ao Congresso, Supremo Tribunal e Palácio do Planalto - os três poderes, em Brasília. Os dados foram revelados pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, que acrescentou que também 40 autocarros foram apreendidos.

Nestes três espaços invadidos, adianta o site G1, da Globo, os extremistas estragaram, vandalizaram ou roubaram alguns objetos e obras de valor. 

Foram eles: 

  • "A tela 'As Mulatas', do pintor Di Cavalcanti, que fica no terceiro andar do Planalto;
  • Brasão da República que fica no plenário do STF (Supremo Tribunal Federal);
  • Cadeiras dos ministros do STF;
  • Porta do armário das togas do ministro do STF Alexandre de Moares;
  • Objetos e móveis da sala da primeira-dama, Janja da Silva;
  • Vitral da artista plástica Marianne Peretti no Congresso Nacional;
  • Vitrines do Congresso e do Planalto que exibiam objetos históricos;
  • Vidraças do STF (foram pichadas);
  • Janelas do Congresso, do STF e do Planalto;
  • Mesas e armários dos prédios;
  • Galeria de fotos dos presidentes da República que fica no Planalto". 

No Twitter, Ibaneis Rocha, governador do Distrito Federal, revelou que tinham sido 400 os detidos, que "pagarão pelos crimes cometidos", mas a Polícia Civil não confirmou estes números. 

Lula da Silva, o presidente do Brasil, recorde-se, reagiu, este domingo, aos ataques, adjetivando de "barbárie" o que hoje aconteceu em Brasília. "É abominável invadir a sede do governo, invadir a suprema corte. Como verdadeiros vândalos, destruindo o que encontraram pela frente", asseverou.

"Nós achamos que houve falta de segurança e queria dizer-vos que todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas. Elas vão perceber que a Democracia garante o direito de liberdade, de livre comunicação, de livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições", verbalizou ainda, decretando "intervenção federal" para garantir a segurança em Brasília.

O líder do Brasil acusou ainda o ex-presidente Jair Bolsonaro, de genocida, por provocar e estimular invasões violentas em edifícios públicos - sede dos três poderes, em Brasília.

Bolsonaro reagiu era já de madrugada em Lisboa, referindo, no Twitter, que "manifestações pacíficas, na forma da lei, fazem parte da democracia". "Contudo, depredações e invasões de prédios públicos como ocorridos no dia de hoje, assim como os praticados pela esquerda em 2013 e 2017, fogem à regra".

"Ao longo do meu mandato, sempre estive dentro das quatro linhas da Constituição respeitando e defendendo as leis, a democracia, a transparência e a nossa sagrada liberdade", prosseguiu o ex-presidente do Brasil, terminando: "No mais, repudio as acusações, sem provas, a mim atribuídas por parte do atual chefe do executivo do Brasil".

Por sua vez, o líder do Partido Liberal (PL), força política de Jair Bolsonaro, demarcou-se da "vergonha" da invasão dos apoiantes do ex-presidente brasileiro às sedes dos poderes, num dia que apelidou como "triste para o Brasil".

Notícias ao Minuto Apoiantes de Bolsonaro invadiram 'Três Poderes'© Reuters

De recordar que centenas de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram, este domingo, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes do poder legislativo, executivo e judiciário, numa manifestação em que pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.

Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), a serem divulgadas nas redes sociais

A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.

As imagens que contam a história

Desde bem cedo que as imagens e vídeos dos extremistas começaram a circular nas redes sociais. Foi possível ver a quebra das barreiras policiais, assim como a subida ao Congresso - e a entrada no plenário. No Supremo Tribunal e no Planalto, a destruição ficou bem à vista. 

[Notícia atualizada às 00h37]

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