Após ataque, políticos dos Estados Unidos exigem extradição de Bolsonaro

O antigo presidente do Brasil encontra-se na Flórida, nos Estados Unidos, e é acusado de ter motivado a invasão das sedes dos três poderes do país em Brasília.

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© REUTERS/Ueslei Marcelino/File Photo

José Miguel Pires
09/01/2023 09:09 ‧ 09/01/2023 por José Miguel Pires

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Brasil

O Brasil - e o mundo - estão em tumulto após apoiantes do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, terem invadido e vandalizado, no domingo, as sedes dos três poderes do país em Brasília. Como consequência, há quem aponte o dedo a Bolsonaro como principal culpado pelos acontecimentos.

Nos Estados Unidos, algumas figuras da política norte-americana exigiram mesmo a extradição do antigo chefe de Estado brasileiro, que se encontra na Flórida.

Uma dessas pessoas foi a deputada democrata por Nova Iorque, Alexandria Ocasio-Cortez, que disse que "os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida".

"Quase dois anos depois de o Capitólio dos EUA ter sido atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas a tentar fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula", escreveu no Twitter.

A ela juntou-se Anna Eskamani, deputada democrata pela Flórida, onde está refugiado Bolsonaro, e que é governada pelo republicano Ron de Santis, apontado por muitos como possível candidato presidencial às eleições de 2024. "Porque é que está a dar refúgio a Jair Bolsonaro na Flórida?", questionou a democrata na mesma rede social, continuando: "E porque é que apoia os regimes fascistas de extrema direita que invadem capitólios?"

Estes são apenas dois exemplos de várias vozes na política norte-americana que criticaram o país por permitir a estadia de Jair Bolsonaro após os ataques que marcaram o passado domingo no Brasil.

Os invasores destruíram móveis, obras de arte e documentos nas sedes dos três poderes do país (Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal de Justiça). Entretanto, a Polícia Militar recuperou o controlo dessas mesmas sedes numa operação que resultou em, pelo menos, 400 detenções.

Leia Também: "Inaceitável", "ódio à democracia". Portugal condena invasões em Brasília

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