O Brasil - e o mundo - estão em tumulto após apoiantes do ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, terem invadido e vandalizado, no domingo, as sedes dos três poderes do país em Brasília. Como consequência, há quem aponte o dedo a Bolsonaro como principal culpado pelos acontecimentos.
Nos Estados Unidos, algumas figuras da política norte-americana exigiram mesmo a extradição do antigo chefe de Estado brasileiro, que se encontra na Flórida.
Uma dessas pessoas foi a deputada democrata por Nova Iorque, Alexandria Ocasio-Cortez, que disse que "os EUA devem parar de conceder refúgio a Bolsonaro na Flórida".
"Quase dois anos depois de o Capitólio dos EUA ter sido atacado por fascistas, vemos movimentos fascistas a tentar fazer o mesmo no Brasil. Devemos ser solidários com o governo democraticamente eleito de Lula", escreveu no Twitter.
Nearly 2 years to the day the US Capitol was attacked by fascists, we see fascist movements abroad attempt to do the same in Brazil.
— Alexandria Ocasio-Cortez (@AOC) January 8, 2023
We must stand in solidarity with @LulaOficial’s democratically elected government. 🇧🇷
The US must cease granting refuge to Bolsonaro in Florida. https://t.co/rzsZl9jwZY
A ela juntou-se Anna Eskamani, deputada democrata pela Flórida, onde está refugiado Bolsonaro, e que é governada pelo republicano Ron de Santis, apontado por muitos como possível candidato presidencial às eleições de 2024. "Porque é que está a dar refúgio a Jair Bolsonaro na Flórida?", questionou a democrata na mesma rede social, continuando: "E porque é que apoia os regimes fascistas de extrema direita que invadem capitólios?"
.@GovRonDeSantis why are you giving refuge to Jair Bolsonaro in Florida? Is it because you support far right fascist regimes storming capitols!? https://t.co/OIpi4nJeyQ
— Rep. Anna V. Eskamani (@AnnaForFlorida) January 9, 2023
Estes são apenas dois exemplos de várias vozes na política norte-americana que criticaram o país por permitir a estadia de Jair Bolsonaro após os ataques que marcaram o passado domingo no Brasil.
Os invasores destruíram móveis, obras de arte e documentos nas sedes dos três poderes do país (Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal de Justiça). Entretanto, a Polícia Militar recuperou o controlo dessas mesmas sedes numa operação que resultou em, pelo menos, 400 detenções.
Leia Também: "Inaceitável", "ódio à democracia". Portugal condena invasões em Brasília