No ano passado, um terço do Paquistão ficou totalmente submerso por inundações de contornos históricos, que provocaram a morte a pelo menos 1.700 pessoas e deixaram 20 milhões a necessitar de assistência humanitária.
O montante anunciado por Londres eleva para 36 milhões de libras (41 milhões de euros) o total a que o Governo britânico já se comprometeu providenciar para a resposta humanitária, adiantou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado.
O financiamento pretende ajudar a fornecer serviços essenciais aos mais necessitados, nomeadamente o fornecimento de água potável, sistemas de saneamento e higiene para prevenir doenças transmitidas pela água, bem como alimentação, apoio monetário, abrigo e serviços de proteção para mulheres e raparigas.
O Reino Unido pretende também apoiar o Paquistão no reforço da resiliência para enfrentar as alterações climáticas, cujo impacto está na origem das inundações, que arrasaram casas e campos agrícolas.
O anúncio de Londres coincide com a realização hoje de uma conferência em Genebra co-organizada pelo primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, para angariar apoios.
A ONU estima que o país vai precisar de cerca de 16.000 milhões de dólares (15.000 milhões de euros) durante os próximos três a cinco anos.
O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros britânico, Andrew Mitchell, vai intervir na conferência, para dizer que "é crucial construir defesas contra catástrofes relacionadas com a meteorologia", uma vez que as alterações climáticas colocam os países e as respetivas populações "cada vez mais em risco".
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