Presidentes dos três poderes dizem que Brasil "precisa de normalidade"

Num comunicado conjunto, os presidentes classificaram os ataques de "terroristas, criminosos e golpistas".

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Notícias ao Minuto
09/01/2023 15:07 ‧ 09/01/2023 por Notícias ao Minuto

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Os presidentes dos três poderes do Estado brasileiro assinaram, esta segunda-feira, uma nota conjunta, em que repudiaram os ataques levados a cabo por "terroristas, criminosos e golpistas"

O comunicado surgiu depois de uma reunião, que juntou o presidente da República, Lula da Silva; a ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; e o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital.

Na nota, os poderes do Brasil "rejeitam os atos terroristas, de vandalismo, criminosos e golpistas que aconteceram na tarde de ontem em Brasília".

"Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras. Conclamamos a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia em nossa pátria. O país precisa de normalidade, respeito e trabalho para o progresso e justiça social da nação", termina o texto.

Na tarde de domingo, as sedes dos três poderes do Estado - o Congresso, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto - foram invadidas e atacadas por apoiantes de Jair Bolsonaro, depois de meses em que os mesmos pediram às forças armadas por um golpe do Estado que depusesse Lula da Silva.

Depois de alguma hesitação, o presidente acabou por decretar a intervenção federal até ao dia 31 de janeiro e, cinco horas depois, a situação foi dominada pelas forças de segurança. Entretanto, já foram detidas cerca de 400 pessoas depois de horas de violência, de aparente conivência policial e de agressões a jornalistas.

Vários acampamentos de bolsonaristas já foram desmontados, incluindo o acampamento em frente ao Quartel General do Exército, que resultou em cerca de 1.200 detidos.

Enquanto Lula da Silva condenou os atacantes num discurso inflamado, considerando os invasores "nazistas, fascistas e vândalos", o ex-presidente demarcou-se da violência e falou em acusações "sem provas".

Leia Também: AO MINUTO: 1.200 detidos em acampamento; Gabinete de Lula intacto

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