Preço de eletricidade começa a subir hoje em São Tomé e Príncipe

O preço de eletricidade começa a subir hoje em São Tomé e Príncipe e atingirá 20% até 2030, anunciou a Empresa de Água e Eletricidade (Emae), assegurando a preocupação "para não encarecer mais" a vida dos consumidores dos escalões mais baixos.

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Lusa
01/01/2025 15:50 ‧ há 2 dias por Lusa

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Eletricidade

"Tomamos em atenção o consumo doméstico, para não encarecer mais a vida das pessoas, pese embora ter que haver essa atualização de tarifas, e entendemos que, na categoria de domésticos, se nós pouparmos um pouco mais, vamos pagar menos. Se consumirmos mais, vamos pagar mais", disse Raúl Cravid, adiantando que no primeiro escalão da classe doméstica, "retirou-se a taxa de uso, que vai também beneficiar um pouco mais" este grupo, com consumo entre 0 a 50 quilowatt (kWh).

 

Segundo o diretor-geral da Emae, "o aumento já deveria acontecer há muito tempo", desde 2007, data da última atualização da tarifas, e tendo em conta o aumento do preço do combustível nos últimos anos, mas acontece agora "por orientações" do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM).

"Compreenderão que produzir energia com o consumo todo diário que temos de gasóleo e vender a energia ao preço que vendemos, ela não é sustentável [...] seria completamente insustentável e ninguém faria um negócio dessa natureza", sublinhou Raúl Cravid.

A atualização das tarifas também visa a garantia da sustentabilidade da Emae, que tem sido apontada como uma empresa falida financeiramente.

"Os que conhecem o custo de produção de eletricidade sabem que a Emae é uma empresa a este ritmo falida, insustentável. Bem, fazemos o quê? O que é que vamos fazer se continuarmos nesse ritmo? Corremos o risco, daqui a mais algum tempo, não ter sequer dinheiro para poder comprar o gasóleo.", apontou Raúl Cravid.

O diretor-geral da Emae defendeu a necessidade de  se apostar na "produção de energias renováveis, energias limpas", nomeadamente as fotovoltaicas e hidroelétrica para aumentar a produção de eletricidade, "não dependendo muito do gasóleo".

Outra medida apontada é o combate ao roubo de energia em muitas localidades, em que os populares tentam agredir os técnicos da Emae, assim como a melhoria da cobrança das dívidas.

"Eu espero bem que a justiça também nos ajude a combater esse flagelo [roubo de eletricidade]. Em relação aos maus pagadores, eu tenho a certeza que eles vão encontrar novas medidas, um pouco mais endurecidas e vão ter que pagar a energia que devem. Vamos ter ações um pouco mais musculadas nesse sentido", adiantou Raúl Cravid.

O diretor da Emae destacou que a empresa já 30 mil contadores pré-pagos qe pretende instalar em todo o país nos próximos tempos para por fim às novas dívidas.

Leia Também: Renováveis em recorde abasteceram 71% do consumo de eletricidade em 2024

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