Impasse turco não vai prejudicar adesão da Finlândia e Suécia à NATO

O secretário-geral da NATO disse hoje estar confiante na ratificação dos protocolos de adesão da Finlândia e da Suécia à organização pela Turquia, apesar de Estocolmo ter dito que há exigências de Ancara que "não pode cumprir".

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Lusa
10/01/2023 12:19 ‧ 10/01/2023 por Lusa

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"Sei qual é a importância de finalizar o processo [de adesão dos dois países] com a ratificação nos parlamentos húngaro e turco e estou confiante de que isso vai acontecer", sustentou Jens Stoltenberg em conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, na sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.

No domingo, o primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, disse que há exigências feitas por Ancara para validar a adesão de Estocolmo à NATO que o país "não pode cumprir".

"[A Turquia] quer coisas que não podemos e não queremos dar-lhe. Agora, a decisão [da adesão à aliança] recai sobre os turcos", declarou.

No centro do impasse está a exigência por parte de Ancara de que Helsínquia e Estocolmo entreguem todos os indivíduos acusados pelas autoridades turcas de pertencerem a organizações curdas consideradas terroristas por aquele Governo, nomeadamente o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

"Estou confiante na finalização do processo de adesão [da Finlândia e da Suécia] e que todos os aliados da NATO vão ratificar nos respetivos parlamentos. O mesmo vai acontecer na Turquia", insistiu Stoltenberg, questionado pelos jornalistas.

Dos 30 Estados-membros da NATO, apenas Budapeste e Ancara estão por ratificar estes protocolos. Mesmo assim, o secretário-geral da aliança militar recordou que este foi o "processo mais célere" de adesão na história da NATO: "A Finlândia e a Suécia candidataram-se em maio do ano passado."

E no ano passado, durante a cimeira da NATO, em julho, em Madrid, houve a "decisão histórica de um acordo entre a Turquia, a Finlândia e a Suécia", nomeadamente em matéria de "luta contra o terrorismo", para acelerar a adesão à organização dos dois países.

"A Turquia tem preocupações reais [com o terrorismo], nenhum país da NATO sofreu tantos atentados quanto a Turquia", reconheceu Jens Stoltenberg.

Em simultâneo, a Finlândia e a Suécia já têm garantias de segurança de vários países, nomeadamente os EUA, "através de reuniões bilaterais, e já participam nas reuniões ministeriais da NATO".

"Hoje é inconcebível que a Finlândia e a Suécia enfrentem alguma ameaça militar sem que a NATO reaja", assegurou o representante máximo da organização.

Leia Também: Bruxelas diz que Putin fortaleceu laços UE-NATO mas invoca ameaça chinesa

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