EUA nomeiam procurador especial para investigar documentos de Biden

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, nomeou hoje um conselheiro especial para investigar os documentos encontrados na casa do Presidente norte-americano, Joe Biden, em Wilmington, Delaware, e num gabinete em Washington, datados do seu tempo como vice-Presidente (2009-2017).

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© Drew Angerer/Getty Images

Lusa
13/01/2023 06:40 ‧ 13/01/2023 por Lusa

Mundo

Joe Biden

Robert Hur, ex-procurador dos Estados Unidos nomeado pelo ex-Presidente Donald Trump, vai liderar a investigação e planeia iniciar o seu trabalho em breve.

A escolha de Hur marca a segunda vez em poucos meses que Garland nomeia um procurador especial.

As investigações, incluindo uma a envolver Trump, estão relacionadas com informações confidenciais, embora existam diferenças entre casos.

A decisão de Garland encerra uma semana agitada na Casa Branca, em que Biden e a sua equipa abriram o ano à espera de te notícias económicas mais fortes.

O chefe de Estado disse a jornalistas em Washington que estava "a cooperar total e completamente" com a investigação do Departamento de Justiça sobre como as informações confidenciais e os registos do Governo foram guardados.

"Cooperamos estreitamente com o Departamento de Justiça ao longo da sua verificação e continuaremos essa cooperação com o procurador especial", disse o assessor jurídico de Biden, Richard Sauber.

"Estamos confiantes de que uma análise completa vai mostrar que esses documentos foram extraviados inadvertidamente, e o presidente e os seus advogados agiram prontamente ao descobrir esse erro", acrescentou.

Garland disse que as "circunstâncias extraordinárias" do assunto exigiam a nomeação de Hur, acrescentando que o procurador especial está autorizado a investigar se qualquer pessoa ou entidade violou a lei.

"Esta nomeação ressalta para o público o compromisso do departamento com a independência e a responsabilidade em assuntos particularmente delicados e com a tomada de decisões indiscutivelmente guiadas apenas pelos factos e pela lei", disse Garland.

Em comunicado, Hur disse que vai conduzir "a investigação com julgamento justo, imparcial e desapaixonado".

"Pretendo acompanhar os factos com rapidez e profundidade, sem medo ou favor e honrarei a confiança depositada em mim para realizar este serviço", afirmou.

Biden adiantou esta terça-feira que desconhece o conteúdo dos documentos confidenciais que datam da sua vice-presidência com Barack Obama (2009-2017), descobertos num escritório particular que por vezes utilizava como local de trabalho.

"Não sei o que contêm os documentos, os meus advogados não sugeriram que eu perguntasse sobre o que eram os documentos. Entregaram as caixas nos arquivos e estamos a cooperar plenamente com a revisão [dos documentos]", salientou o chefe de Estado norte-americano, citado pela agência France-Presse (AFP), à margem da Cimeira de líderes da América do Norte, na Cidade do México.

Na noite de segunda-feira, o assessor jurídico de Biden, Richard Sauber, informou que os advogados do Presidente descobriram, em novembro último, um "pequeno número de documentos classificados" num "armário trancado" no Penn Biden Center, um 'think tank' ligado à Universidade da Pensilvânia, e procederam à entrega dos mesmos ao Arquivo Nacional, responsável por preservar esse tipo de material.

Biden manteve um escritório nessas instalações depois de deixar a vice-presidência em 2017, até pouco antes de lançar sua campanha presidencial em 2019.

Leia Também: Congressistas americanos querem revogação do visto de Bolsonaro

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