Ministro da Defesa garantiu que "Ucrânia é um membro 'de facto' da NATO"

Já sobre a situação em Soledar, Oleksii Reznikov afirmou que esta é "muito difícil", mas está "sob controlo". 

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© KENZO TRIBOUILLARD/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
13/01/2023 10:32 ‧ 13/01/2023 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Oleksii Reznikov

O Ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, deu uma entrevista à BBC onde asseverou que o país é um membro 'de facto' da Aliança Atlântica: "A Ucrânia, como país, e as forças armadas da Ucrânia tornaram-se [num] membro da NATO. 'De facto', não 'de jure' [por lei]. Porque temos armamento e sabemos como usá-lo."

Reznikov disse à cadeia britânica que "os países ocidentais" que temiam que a assistência militar à Ucrânia podia fazer agravar o conflito mudaram de opinião acrescentando que acredita que Kiev vai receber armamento, incluindo carros e aviões de combate. "Esta preocupação sobre o próximo nível de escalada, para mim, é uma espécie de protocolo", adiantou.

De recordar que o artigo 5 do Tratado da Aliança Atlântica indica que um ataque armado contra um membro deve ser considerado um ataque a todos os países que fazem parte da organização.

À BBC, Reznikov asseverou ainda esperar "novas ofensivas" na primavera. Já sobre a situação em Soledar, o governante afirmou que esta é "muito difícil", mas "sob controlo". 

O governante frisou que "aproximadamente 500 ou 600 combatentes russos morrem todos os dias em todo o país, enquanto a Ucrânia perde uma décima parte desse número", valores que não são possíveis de verificar de forma independente.

Na passada terça-feira, lembre-se, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolay Patrushev, afirmou que Moscovo está a lutar contra a NATO, liderada pelos Estados Unidos, na Ucrânia, acrescentando ainda que o Ocidente pretende fazer a Rússia desaparecer "do mapa político do mundo".

"Os eventos na Ucrânia não são um confronto entre Moscovo e Kyiv - este é um confronto militar entre a Rússia e a NATO e, acima de tudo, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha", disse Patrushev, numa entrevista ao jornal Argumenti i Fakti, segundo citou a Reuters.

Recorde-se que a ofensiva militar da Rússia na Ucrânia começou há quase um ano e, segundo a ONU, já foram confirmados 6.919 civis mortos e 11.075 feridos - números que estão muito aquém dos reais.

Leia Também: AO MINUTO: Rússia usa "trabalho prisional"; Sumy bombardeada 21 vezes

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