O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a "operação militar especial está a ser a mostrar uma tendência positiva" e que espera que os soldados russos obtenham "mais resultados no campo de batalha" após Soledar.
"A dinâmica é positiva. Tudo se desenvolve no âmbito do plano do Ministério da Defesa e do Estado-Maior. E espero que os nossos lutadores nos agradem ainda mais com os resultados dos combates", disse o chefe de Estado em declarações à televisão estatal Rossiya 1, citadas pela Reuters.
A Rússia disse na sexta-feira que as suas forças assumiram o controle de Soledar, no leste da Ucrânia, naquele que seria um raro sucesso para Moscovo após meses de reveses no campo de batalha.
Anteriormente, o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência de notícias Interfax, assumiu que as suas forças lançaram uma onda de ataques com mísseis contra militares ucranianos e locais de infraestrutura no sábado. O prédio residencial de nove andares foi atingido por um míssil Kh-22, projetado para destruir grupos de porta-aviões no mar.
O presidente do conselho regional da região de Dnipropetrovsk, Mykola Lukashuk, revelou que 21 pessoas morreram, 73 ficaram feridas, incluindo 14 crianças, 38 pessoas foram resgatadas, incluindo seis menores, e há 35 desaparecidos.
Foram declarados pela autoridades da cidade de Dnipro três dias de luto.
No sábado, as autoridades ucranianas voltaram a negar o anúncio de Moscovo e afirmaram ter Soledar, que tinha 10 mil habitantes antes da ofensiva russa e agora está destruída, "sob controlo".
Recorde-se que a ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.
A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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