Segundo a agência AP, que cita o Ministério da Saúde palestiniano, a vítima, Hamdi Dayyah, tinha 40 anos e foi baleada pelas forças israelitas na cidade de Halhul, a norte de Hebrom.
De acordo com a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, o braço armado do partido Fatah, do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, Hamdi Dayyah era combatente e tinha sido oficial das forças de segurança.
Por seu turno, os militares israelitas justificaram, em comunicado, que as tropas foram atacadas e que se limitaram a responder ao ataque, acrescentando que o palestiniano morto seria suspeito de ser o responsável por um ataque a tiro a um autocarro israelita.
As tensões têm aumentado na Cisjordânia, uma vez que os militares israelitas têm levado a cabo intervenções diárias desde a primavera do ano passado, altura em que houve uma vaga de ataques palestinianos.
Israel diz que essas intervenções destinam-se a desmantelar redes de combatentes palestinianos e a evitar futuros ataques.
Já os palestinianos encaram-nas como um novo "entrincheiramento".
Com esta morte aumenta para 13 o número de palestinianos mortos desde o início deste ano por forças militares ou civis israelitas na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
Na sequência de uma vaga de ataques anti-israelitas em março e abril de 2022, o Exército judaico multiplicou as operações nos setores de Jenin e Nablus, bastião das fações palestinianas armadas.
O ano de 2022 foi o mais mortífero na Cisjordânia após o final da Segunda Intifada, o levantamento palestiniano de 2000 a 2005, indicou a ONU.
De acordo com a agência noticiosa AFP, o conflito israelo-palestiniano em 2022 provocou pelo menos 201 mortos palestinianos (incluindo 150 na Cisjordânia) e pelo menos 26 israelitas.
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