Combatente palestiniano morto por forças israelitas na Cisjordânia

Um combatente palestiniano foi morto hoje por forças israelitas na zona ocupada da Cisjordânia, naquele que foi mais um dos episódios de violência crescente entre israelitas e palestinianos, divulgou o Ministério da Saúde da Palestina.

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© Reuters

Lusa
17/01/2023 22:16 ‧ 17/01/2023 por Lusa

Mundo

Palestina

Segundo a agência AP, que cita o Ministério da Saúde palestiniano, a vítima, Hamdi Dayyah, tinha 40 anos e foi baleada pelas forças israelitas na cidade de Halhul, a norte de Hebrom.

De acordo com a Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, o braço armado do partido Fatah, do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, Hamdi Dayyah era combatente e tinha sido oficial das forças de segurança.

Por seu turno, os militares israelitas justificaram, em comunicado, que as tropas foram atacadas e que se limitaram a responder ao ataque, acrescentando que o palestiniano morto seria suspeito de ser o responsável por um ataque a tiro a um autocarro israelita.

As tensões têm aumentado na Cisjordânia, uma vez que os militares israelitas têm levado a cabo intervenções diárias desde a primavera do ano passado, altura em que houve uma vaga de ataques palestinianos.

Israel diz que essas intervenções destinam-se a desmantelar redes de combatentes palestinianos e a evitar futuros ataques.

Já os palestinianos encaram-nas como um novo "entrincheiramento".

Com esta morte aumenta para 13 o número de palestinianos mortos desde o início deste ano por forças militares ou civis israelitas na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.

Na sequência de uma vaga de ataques anti-israelitas em março e abril de 2022, o Exército judaico multiplicou as operações nos setores de Jenin e Nablus, bastião das fações palestinianas armadas.

O ano de 2022 foi o mais mortífero na Cisjordânia após o final da Segunda Intifada, o levantamento palestiniano de 2000 a 2005, indicou a ONU.

De acordo com a agência noticiosa AFP, o conflito israelo-palestiniano em 2022 provocou pelo menos 201 mortos palestinianos (incluindo 150 na Cisjordânia) e pelo menos 26 israelitas.

Leia Também: Exército israelita matou a tiro três palestinianos na Cisjordânia

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