Kadyrov e Prigozhin contra proibição de soldados russos usarem barba
As duas figuras de peso insurgiram-se contra a proibição russa.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O líder checheno Ramzan Kadyrov criticou, esta quinta-feira, a proibição de soldados russos usarem barbas, juntando-se às críticas do responsável do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Em entrevista ao site de notícias RBC, esta quarta-feira, Viktor Sobolev, tenente-general aposentado e membro do parlamento da Rússia, defendeu a proibição de barbas, smartphones pessoais e tablets como uma "parte elementar da disciplina militar".
No Telegram, segundo a Reuters, Kadyrov - que exibe uma farta barba - falou sobre o papel das suas tropas na guerra: "Aparentemente, o tenente-general Viktor Sobolev tem muito tempo livre... código de conduta militar".
Kadyrov apelidou os comentários de Sobolev como "uma clara provocação", ao dizer que os seus soldados, em sua maioria muçulmanos, usavam barba como parte de seu dever religioso.
Já o responsável do grupo de mercenários Wagner, Prigozhin, disse que os comentários de Sobolev eram "absurdos" e "arcaísmos dos anos 1960".
Kadyrov e Prigozhin, cujas forças na Ucrânia operam em grande parte de forma autónoma do alto comando, têm-se tornado mais aguerridos nas suas críticas à liderança militar russa.
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