"Sem Direitos Humanos não pode haver paz duradoura, nem desenvolvimento sustentável, nem justiça", disse o advogado austríaco no seu apelo anual por contribuições voluntárias de países e doadores privados.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos é responsável por monitorizar países em todo o mundo, recolher dados sobre abusos, fornecer apoio à sociedade civil e assessoria e suporte técnico aos Estados para a implementação de melhores padrões de respeito pelos Direitos Humanos.
No ano passado, as doações para esse fim totalizaram 240,8 milhões de dólares (222,2 milhões de euros), cobrindo apenas 60 por cento do valor então solicitado.
Ao agradecer aos doadores, Türk sublinhou que os fundos em falta tiveram um impacto no desempenho dos seus serviços, cada vez mais solicitados.
Em 2022, foi fornecida "orientação essencial" a 50 países, disse o alto-comissário.
Além disso, mais seis países fizeram esse pedido, mas Volker Türk frisou que necessita "de mais apoio financeiro para fornecer essa assistência", sem identificar os Estados em causa.
Se não forem encontrados fundos adicionais, o número de países para os quais serão enviados conselheiros em 2023 terá que ser reduzido de 50 para 43, alertou.
"Agora, mais do que nunca, precisamos de Direitos Humanos para manter o mundo estável e nos fornecer um roteiro para um futuro melhor", disse.
"Devemos insistir em ações, global e nacionalmente, que combatam as desigualdades, fortaleçam as proteções sociais e eliminem a discriminação e outras causas profundas de conflitos, crises ambientais e miséria", acrescentou Volker Türk.
Leia Também: Afeganistão. Colapso do sistema judicial é catástrofe de direitos humanos