"As duas partes acordaram que, uma vez alcançado um consenso sobre as especificações técnicas, as trocas comerciais de petróleo de gás serão feitas para que ambos os países possam beneficiar de forma económica mútua", refere a nota, acrescentando que o processo deverá estar concluído em março.
O Governo paquistanês tinha anunciado em dezembro que a Rússia concordou em exportar petróleo para o Paquistão a um preço reduzido.
Desde dezembro, o petróleo bruto russo está sujeito a um embargo marítimo europeu e a um limite de preços decidido pela União Europeia, pelo G7 e pela Austrália, sendo que ambas as medidas fazem parte do pacote de sanções aplicado à Rússia devido à invasão da Ucrânia.
Em resposta, a Rússia anunciou que iria proibir a venda do seu petróleo a países estrangeiros que utilizam o plafonamento a partir de 1 de fevereiro.
Desde o lançamento da sua ofensiva militar contra a Ucrânia, a Rússia tem sido alvo de sanções económicas ocidentais, tendo visto reduzir de forma drástica a sua distribuição de hidrocarbonetos à Europa, recorrendo ao mercado asiático para compensar.
O Paquistão enfrenta há muito tempo escassez de energia e as suas falhas estruturais foram agravadas pelo aumento generalizado dos preços da energia.
Como consequência a sua fatura energética aumentou, empurrando as suas reservas cambiais para valores muito baixos, impedindo o país de importar muitos produtos considerados cruciais para a sua economia.
As dificuldades no aprovisionamento energético conduziram a cortes recorrentes de energia, que afetaram as famílias e a indústria, nomeadamente o setor têxtil, que representa cerca de 60% das exportações do Paquistão.
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