"A atitude da Alemanha é inaceitável. Já passou quase um ano desde que a guerra começou. Pessoas inocentes morrem todos os dias. As bombas russas estão a causar estragos nas cidades ucranianas. Alvos civis estão a ser atacados, mulheres e crianças estão a ser assassinadas", disse Mateusz Morawiecki à agência PAP.
As declarações do chefe de estado polaco acontecem dois dias depois de uma reunião que juntou cerca de 50 países na base norte-americana em Ramstein, na Alemanha.
Os aliados da Ucrânia anunciaram novas entregas substanciais de armas à Ucrânia, mas não conseguiram chegar a acordo sobre a entrega de tanques de combate Leopard, apesar dos repetidos pedidos da Ucrânia.
O primeiro-ministro polaco disse estar à espera de "uma declaração clara" de Berlim a autorizar o envio dos Leopard, dos quais é produtor, pelos países que os têm.
A Polónia, que declarou estar pronta para entregar 14 tanques Leopard a Kyiv, diz estar em conversações com cerca de 15 países sobre o assunto, escreve a AFP.
Morawiecki sublinhou que, se Berlim se recusar a fornecer estes tanques de combate a Kyiv, criarão "uma pequena coligação de países" que estão prontos a doar "algum do seu equipamento moderno, os seus tanques modernos, a uma Ucrânia em dificuldades".
No sábado, os ministros dos Negócios Estrangeiros da Estónia, Letónia e Lituânia apelaram ao Governo alemão para que envie "imediatamente" os tanques Leopard para a Ucrânia para ajudar o exército ucraniano contra a invasão russa.
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