Tratado nuclear? Rússia diz não haver data marcada para reunião com EUA
Em causa está um diálogo que devia já ter ocorrido em novembro no Egito, acerca do tratado New START, mas que foi adiado por parte de Moscovo.
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Mundo Armas Nucleares
A Rússia adiantou, esta segunda-feira, que não foi ainda estabelecida qualquer nova data para as conversações com os Estados Unidos acerca do tratado New START, que prevê uma redução do número de arsenais de armas nucleares estratégicas de ambas as partes, está a reportar a Reuters.
Em causa está um diálogo que devia já ter ocorrido em novembro no Egito, mas que foi adiado por parte de Moscovo. Desde então, nenhuma das partes avançou com qualquer data para uma nova reunião.
Aliás, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Ryabkov, veio agora dizer que ainda não foram estabelecidas as condições adequadas para efetuar novas conversações sobre este tratado.
"A situação não permite, francamente falando, fixar uma nova data, tendo em conta esta tendência de escalada tanto na retórica, como nas ações por parte dos Estados Unidos", disse o governante, aqui citado pela agência de notícias russa Interfax.
No mês de novembro, Moscovo tinha alegado que "não tinha qualquer outra opção" senão cancelar a reunião prevista com os Estados Unidos acerca da realização de inspeções ao abrigo do tratado New START, que expira em fevereiro de 2026.
As relações bilaterais entre Rússia e Estados Unidos, recorde-se, tornaram-se ainda mais tensas no ano passado, logo após Moscovo ter optado por invadir o país vizinho, a Ucrânia, a 24 de fevereiro. Esse facto levou Washington, bem como outros aliados ocidentais de Kyiv, a aplicar fortes pacotes de sanções ao agressor, de modo a afetar a sua economia.
Ainda que tenham existido alguns sucessos diplomáticos ocasionais entre ambas as partes, nomeadamente trocas de prisioneiros que resultaram na libertação do veterano da Marinha norte-americana Trevor Reed e da basquetebolista Brittney Griner, os contactos entre representantes de alto nível destes países tem sido muito escasso.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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