O primeiro-ministro polaco não especificou quando será feito o pedido, mas afirmou que a Polónia está a construir uma coligação de países, que estão prontos para enviar tanques Leopard.
"Vamos pedir a autorização, mas isso é uma questão secundária", disse Morawiecki aos jornalistas.
"Mesmo que não consigamos a autorização, daremos nossos tanques à Ucrânia como parte de uma pequena coligação, mesmo que a Alemanha não faça parte desta", acrescentou.
A Polónia, que se declarou pronta para entregar 14 tanques Leopard a Kiev, sublinhou que está em conversações com cerca de quinze países sobre este assunto.
A Alemanha está sob crescente pressão para entregar os seus tanques Leopard à Ucrânia, que está a pedi-los insistentemente.
O primeiro-ministro polaco estimou que a Alemanha tem um total de "mais de 350 Leopard em funcionamento" e cerca de 200 outros "em reserva".
No domingo, a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, considerou que o seu país está pronto para entregar os tanques, apesar do chanceler alemão, Olaf Scholz, relutar em comentar o assunto.
"Se nos colocassem o pedido, não nos oporíamos", disse a Annalena Baerbock, ministra ecologista que governa em coligação com os social-democratas de Olaf Scholz e os liberais.
"Por enquanto, o pedido não foi feito" pela Polónia, que é obrigada a fazer um pedido oficial a Berlim, disse a ministra, entrevistado em Paris no canal francês LCI.
A decisão final, no entanto, cabe ao chanceler alemão, que até agora se recusou a comentar a questão dessas entregas indiretas, assim como sobre o fornecimento direto de tanques Leopard das reservas alemãs.
Berlim tem sido pressionada pelo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para autorizar o envio destes tanques e por Washington, assim como pela generalidade dos países da UE e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Do outro lado, Moscovo já avisou que o fornecimento de tanques poderá ser encarado pelo Kremlin como um escalar das tensões.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos Estados-membros da União Europeia (UE) reúnem-se hoje em Bruxelas para discutir o apoio à Ucrânia, entre outros assuntos.
A invasão da Rússia à Ucrânia, que começou há quase um ano, continua a ser o assunto dominante nas reuniões dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e a primeira reunião de 2023 não vai ser exceção. Em cima da mesa está o apoio que os Estados-membros prestam a Kiev há praticamente um ano e como melhorá-lo daqui para a frente.
[Notícia atualizada às 11h52]
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