O novo plano da Rússia sobre mudanças nas forças armadas do país está a ter em consideração uma possível expansão da Aliança Atlântica (NATO) com a entrada da Finlândia e Suécia e a utilização da Ucrânia contra a Rússia.
Segundo o chefe do estado-maior do Kremlin, Valery Gerasimov, citado pelo Argumenty iFakty, "o plano é aprovado pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, e pode ser ajustado quando as atuais e novas ameaças à segurança militar da Federação Russa mudarem".
"Hoje, tais ameaças incluem as aspirações da Aliança do Atlântico Norte de se expandir para a Finlândia e Suécia, bem como a utilização da Ucrânia como instrumento para travar uma guerra híbrida contra o nosso país", sublinhou.
Na semana passada, o Ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, nomeou Gerasimov para se encarregar da campanha da Ucrânia.
O Instituto de Estudos de Guerra de Washington viu a remodelação como uma tentativa do Kremlin de "reafirmar a primazia do Ministério da Defesa russo numa luta interna pelo poder russo", enfraquecer a influência dos inimigos, e enviar um sinal ao Yevgeny Prigozhin, cuja força militar privada conhecida como Grupo Wagner tem desempenhado um papel cada vez mais visível na Ucrânia.
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