"É a continuação da operação de repressão contra qualquer voz crítica ou independente", sustentou o porta-voz da Comissão para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, depois de a questão ser levantada durante uma conferência de imprensa em Bruxelas (Bélgica).
Peter Stano acrescentou que o ataque às vozes críticas tem um único objetivo: "Silenciá-las."
E "tudo isto está a acontecer em paralelo com a agressão ilegal e injustificada da Ucrânia".
Moscovo declarou na segunda-feira como "indesejável" a Fundação Andrei Sakharov.
A Procuradoria-Geral da Rússia afirmou em comunicado que a atividade desenvolvida pela fundação representa "uma ameaça para a base constitucional e a segurança" da Federação Russa, sem especificar as atividades que estão em causa.
Desde o início da invasão à Ucrânia, há quase um ano, o Kremlin avançou nas políticas de repressão a vozes discordantes, em específico de militares ou pessoas que utilizam outros termos que não "operação militar especial" quando falam sobre a guerra no território ucraniano.
Contestatários, grupos de defesa dos direitos humanos, cientistas, escritores, entre outros, estão incluídos na lista de pessoas alvo de repressão pelo Kremlin, que acabaram em tribunais e detidos.
A informação disponibilizada pela Procuradoria-Geral da Rússia não aponta que consequências poderá ter a designação na Fundação Andrei Sakharov.
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