"Existem várias possibilidades sobre o papel da Finlândia", disse o Presidente Sauli Niinistö numa conferência de imprensa com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometendo que Helsínquia será "construtiva" no quadro da discussão em curso na Europa sobre a possibilidade de vários países enviarem para a Ucrânia este tipo material de guerra.
"Falámos em criar uma plataforma específica para reforçar a Ucrânia com veículos blindados, incluindo tanques. Fico muito satisfeito que a Finlândia ocupe um lugar apropriado" nesse esforço, declarou o chefe de Estado finlandês.
O Governo finlandês afirmou nos últimos dias que está disposto a contribuir, mas como parte de uma doação coletiva por parte dos países ocidentais que apoiam a Ucrânia na guerra contra a invasão russa.
Sauli Niinistö disse que a questão ainda está em "aberto" para a Finlândia, país cujo exército está equipado com mais de 200 tanques Leopard 2, falou de uma possível contribuição mas insistiu num papel de formação do lado finlandês.
Os militares finlandeses "recebem recrutas todos os anos, treinam-nos com formação muito experiente, e temos edifícios para alojar esses militares", acrescentou o Presidente finlandês.
Sem excluir juntar-se aos outros países que possam vir a fornecer esse tipo de tanques de guerra, o país nórdico acredita que outros países europeus equipados com os Leopard 2 estão mais bem posicionados para o fazer, devido à sua longa fronteira de 1.300 quilómetros com a Rússia.
"É algo que temos de ter em conta na hora de decidirmos a nossa posição", salientou o chefe de Estado finlandês, mas prometendo que a Finlândia terá uma postura construtiva.
A Alemanha, sob pressão para autorizar a reexportação de tanques Leopard 2 de fabrico alemão, foi hoje confrontada com um pedido formal apresentado pela Polónia e abriu caminho para que isso possa acontecer.
Numa conferência de imprensa em Berlim com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius encorajou os países que pretendem fornecer tanques Leopard à Ucrânia a iniciar o treino dos militares ucranianos que os venham a operar.
Até agora fora da NATO, a Finlândia tomou a decisão histórica, em maio de 2022, de se candidatar à adesão à aliança juntamente com a vizinha Suécia, como resultado direto da invasão russa da Ucrânia.
No entanto, as adesões de ambos os países estão atualmente bloqueadas pela Turquia.
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