O presidente dos EUA anunciou, esta quarta-feira, o envio de 31 tanques M1 Abrams para a Ucrânia, um passo já esperado pelo governo norte-americano.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, em Washington, Joe Biden reforçou que este apoio à Ucrânia "não é uma ameaça" à Rússia - uma ideia que o Kremlin tem vindo a defender, no que diz respeito à intervenção do Ocidente neste conflito -, mas sim uma ajuda à Ucrânia. "É disso que se trata. Ajudar a Ucrânia a defender-se e a proteger o território. Não é uma ameaça ofensiva para a Rússia", reforçou.
Durante a conferência de imprensa, o responsável norte-americano congratulou a autorização dada, esta quarta-feira, por Berlim para o envio de 14 tanques Leopard.
"A Alemanha avançou", referiu, depois de explicar que também hoje tinha falado com vários governantes de países aliados de Kyiv, e que todos estes estavam unidos. Quanto à união, Biden deixou ainda uma mensagem - a de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, estava errado quando disse que a guerra na Ucrânia ia acabar por separar quem apoia a Ucrânia. "Estava errado. Estamos todos unidos", notou.
"A Alemanha não me obrigou a mudar de ideias. Queríamos garantir que estávamos todos unidos"O líder norte-americano falou ainda sobre os 11 meses de guerra no país, que se assinalaram ontem. "Onze meses em que os ucranianos mostraram ao mundo e a Putin a sua coragem e determinação para viverem em liberdade", atirou.
Questionado no final da conferência sobre qual a razão para o anúncio do envio destes veículos ser feito agora, e se este tinha vindo na sequência do apoio de Berlim, Biden riu-se, e respondeu: "A Alemanha não me obrigou a mudar de ideias. Queríamos garantir que estávamos todos unidos", repetiu.
Já na altura em que anunciou o envio dos 31 veículos em questão, o líder garantiu que este se prendia com o "compromisso de muitos países em ajudar a Ucrânia a proteger a sua terra".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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