O Reino Unido disse, esta quinta-feira, estar a trabalhar de modo a que os tanques Challenger 2 que vai disponibilizar às tropas ucranianas cheguem ao país já no final de março. A informação foi avançada pelo ministro da Defesa, Alex Chalk, aqui citado pela Reuters.
No início deste mês, o país tinha já adiantado que se preparava para enviar 14 destes tanques, bem como sistemas de artilharia, para ajudar Kyiv a combater a invasão russa.
"A intenção é que seja no final de março", explicou o governante, em declarações perante o Parlamento. Alex Chalk garantiu ainda que, até lá, as forças ucranianas receberão treino intensivo acerca de como operar e garantir a manutenção destes veículos.
As declarações surgem depois de, na quarta-feira, outras nações aliadas de Kyiv, como a Alemanha e os Estados Unidos, também se terem comprometido a enviar tanques pesados para o país invadido pela Rússia - no seguimento do pedido feito por Kyiv, que alegava precisar dos mesmos para combater a invasão russa.
De facto, o Partido Social Democrata da Alemanha anunciou, durante o dia de ontem, que os aliados da Ucrânia estão a preparar-se para enviar, de facto, dois batalhões de tanques Leopard 2 para a Ucrânia - o que equivale a cerca de 80 veículos pesados. Segundo os responsáveis do partido, que lidera o governo alemão, os mesmos serão "entregues rapidamente".
Entretanto, o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, garantiu esta quinta-feira que os tanques Leopard vão chegar à Ucrânia "no final de março, início de abril" - o que sustenta essa mesma promessa.
Já depois, no mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou que vai ser efetivado a disponibilização de 31 carros de combate M1 Abrams para a Ucrânia.
Recorde-se que, já na manhã desta quinta-feira, um dia depois de todos estes anúncios, sugiram evidências de um novo ataque em larga escala sobre várias regiões ucranianas, nomeadamente sobre Kherson, Odessa e Kyiv, entre muitas outras.
Na capital ucraniana, há já registo de uma vítima mortal e dois feridos na sequência dos ataques russos, segundo confirmou o autarca da cidade de Kyiv, Vitali Klitschko, na rede social Telegram.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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