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Estados Unidos sancionam grupo Wagner e congelam bens

Em causa estão as ações da milícia armada na Ucrânia, mas também os abusos de direitos humanos no continente africano, especialmente na República Centro Africana e no Mali.

Estados Unidos sancionam grupo Wagner e congelam bens

Os Estados Unidos da América anunciaram esta quinta-feira sanções formais contra o grupo Wagner, a milícia paramilitar russa que tem lutado na invasão na Ucrânia, passando a considerá-lo como uma organização criminosa transnacional.

Em comunicado, o Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que as sanções destinam-se ao grupo e a várias empresas e indivíduos que o apoiam e ao esforço de guerra russo, incluindo um instituto chinês. Serão também congelados bens do grupo Wagner nos Estados Unidos.

As sanções não se aplicam apenas à atividade do grupo russo na Ucrânia, já que a Tesouraria norte-americana aponta o dedo para as atividades do grupo Wagner no continente em africano, onde tem lutado para defender os interesses económicos do Kremlin.

"O grupo Wagner tem estado envolvido nas operações de combate apoiadas pelo Kremlin em todo o mundo e na guerra de Putin na Ucrânia. À medida que o exército russo tem tido dificuldades no campo de batalha, Putin aproveitou o grupo Wagner para continuar a sua guerra. O grupo também interferiu e destabilizou países em África, cometendo abusos de direitos humanos e roubando recursos naturais do seu povo", explicam as autoridades norte-americanas.

O Departamento do Tesouro, liderado por Janet Yellen, acrescenta ainda que a milícia armada "tem levado a cabo um padrão de atividade criminosa séria, incluindo execuções em massa, violações, raptos de crianças e abusos físicos na República Centro Africana e no Mali."

O grupo é liderado por Yevgeny Prigozhin, um oligarca cujas ligações ao Kremlin e cuja proximidade a Vladimir Putin tem sido muito escrutinada nos últimos tempos. No entanto, o empresário só reconheceu que fundou o grupo em setembro de 2022, depois de vários especialistas e agências de inteligência terem dado conta da entrada da milícia na guerra.

Recentemente, o Wagner tem estado mais ativo no combate por Soledar e Bakhmut, com as tensões entre Moscovo e o grupo a surgirem acerca das condições de combate dos soldados russos na região.

Leia Também: Grupo Wagner estará a recrutar reclusos ucranianos nas prisões russas

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