Rússia está agora em "guerra contra a NATO e o Ocidente", diz UE
O secretário-geral do Serviço Europeu de Ação Externa da União Europeia defendeu as disposições demonstradas pelos países aliados da Ucrânia para o envio de equipamento militar.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Um alto funcionário da União Europeia disse, esta sexta-feira, que a Rússia conduziu a guerra na Ucrânia para uma "nova fase", ao levar a cabo ataques indiscriminados contra civis e alvos não militares, reporta a Associated Press.
A consideração é de Stefano Sannino, secretário-geral do Serviço Europeu de Ação Externa da União Europeia, que defendeu as disposições demonstradas pelos países aliados da Ucrânia para o envio de equipamento militar. Até porque, na sua ótica, tais medidas vão apenas ajudar os ucranianos a defenderem-se no contexto desta guerra, e não a tornarem-se, eles próprios, atacantes.
"Penso que este último avanço em termos de abastecimento armado é apenas uma evolução da situação e da forma como a Rússia começou a direcionar a guerra para uma fase diferente", destacou ainda Sannino, durante uma conferência de imprensa em Tóquio, no Japão.
Por outro lado, acrescentou ainda, o mesmo não está a ser feito pelo bloco europeu, que está "apenas a dar a possibilidade de salvar vidas e permitir que os ucranianos se defendam destes bárbaros ataques". Perante este cenário, a mesma fonte criticou o presidente russo, Vladimir Putin, por empreender "uma guerra contra a NATO e o Ocidente".
As declarações foram proferidas depois de os países aliados terem anunciado um fornecimento de tanques pesados à Ucrânia - no seguimento do pedido feito por Kyiv, que alegava precisar dos mesmos para combater a invasão russa.
De facto, o Partido Social Democrata da Alemanha anunciou, na quarta-feira, que os aliados da Ucrânia estão a preparar-se para enviar, de facto, dois batalhões de tanques Leopard 2 para a Ucrânia - o que equivale a cerca de 80 veículos pesados. Segundo os responsáveis do partido, que lidera o governo alemão, os mesmos serão "entregues rapidamente".
Entretanto, o novo ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, garantiu na quinta-feira que os tanques Leopard vão chegar à Ucrânia "no final de março, início de abril" - o que sustenta essa mesma promessa.
Já depois, no mesmo dia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou que vai ser efetivado a disponibilização de 31 carros de combate M1 Abrams para a Ucrânia.
Recorde-se que, já na manhã de quinta-feira, um dia depois de todos estes anúncios, sugiram evidências de um novo ataque em larga escala sobre várias regiões ucranianas, nomeadamente sobre Kherson, Odessa e Kyiv, entre muitas outras, que tiraram a vida a pelo menos 11 pessoas, com outras tantas a terem ficado feridas.
A guerra na Ucrânia, que teve início a 24 de fevereiro, tirou já a vida a mais de sete mil civis, com outros 11 mil a terem ficado feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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