"O Parlamento votou há alguns dias a possibilidade de enviar novas armas para a Ucrânia, e é provável que os sistemas de defesa aérea sejam incluídos", disse Tajani, confirmando informações de que Roma estaria a preparar-se para enviar este armamento juntamente com a França.
"O Parlamento será informado pelo Ministro da Defesa (Guido) Crosetto" antes de qualquer envio ser feito, acrescentou Tajani.
Também hoje, a França anunciou a conclusão de um acordo com a Itália para fabricar mais 700 mísseis antiaéreos Aster de médio alcance.
Uma nota emitida pelo Ministério do Exército francês sublinhava que Paris e Roma partilham uma vontade comum: a de "modernizar e estabilizar as suas capacidades de defesa terrestre e naval antiaérea".
Ainda não é claro se mísseis Aster serão enviados para a Ucrânia juntamente com os SAMP/T, um sistema de defesa antiaérea de médio alcance.
A Ucrânia tem enfrentado diariamente ataques incessantes de mísseis russos que atingem as principais cidades do país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento, além de ajuda financeira e humanitária a Kiev, e a imposição à Rússia de sanções políticas e económicas sem precedentes.
A invasão russa já causou o deslocamento de mais de 14 milhões de pessoas dentro e para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.110 civis mortos e 11.547 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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