Moscovo revela pedido dos EUA para a retirada das forças russas

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, revelou hoje que o homólogo norte-americano, Antony Blinken, enviou uma mensagem em que apela a Moscovo para retirar as tropas que se encontram na Ucrânia.

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© YURI KADOBNOV/AFP via Getty Images

Lusa
31/01/2023 13:35 ‧ 31/01/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

A mensagem de Blinken foi enviada através do chefe da diplomacia egípcia, Sameh Shukri, com quem Lavrov se reuniu hoje em Moscovo.

Blinken esteve com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito durante uma deslocação ao Cairo na segunda-feira. 

"Confirmo (...) Ouvimos mais uma vez que a Rússia deve acabar ..., que a Rússia deve sair..., e que depois tudo pode vir a ficar bem", disse Lavrov numa conferência de imprensa, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito. 

Lavrov frisou que a "Rússia está disposta a escutar qualquer proposta séria no sentido de solucionar a situação atual, num contexto mais amplo". 

Shukri recordou que Blinken visitou o Egito na segunda-feira, onde se reuniu com o presidente egípcio, Abdelfatah al Sisi, tendo debatido "as relações bilaterais e também a crise entre a Ucrânia e a Rússia" e "em particular", os aspetos militares. 

"Transmiti ao meu colega Lavrov, os pontos de vista que escutei dos colegas norte-americanos", disse referindo que o Egito defende uma solução política e negociada, assim como defende o fim dos confrontos armados. 

"Enquanto o 'Ocidente' continua a mandar armas mais potentes para a Ucrânia, a Rússia toma medidas para impedir as tentativas para se transformar a Ucrânia numa ameaça ainda maior para a nossa segurança", afirmou Lavrov.

O ministro dos Negócios Estrangeiros voltou a afirmar que que "há muito tempo" que a NATO está envolvida numa guerra contra a Rússia, criticando o abastecimento de material bélico às forças de Kyiv.   

Por isso, concluiu, as Forças Armadas da Rússia e as chefias militares russas "tomam todas as medidas necessárias para que os planos do 'Ocidente' não se concretizem".

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