Kyiv quer inclusão de propagandistas do Kremlin na lista de sanções da UE

O chefe do gabinete do Presidente da Ucrânia apelou hoje à aplicação de sanções contra propagandistas do Kremlin para debilitar o apoio que Vladimir Putin tem no país e que está a utilizar para continuar a invasão.

Notícia

© Getty Images

Lusa
31/01/2023 17:01 ‧ 31/01/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"As sanções contra os propagandistas têm de ser aplicadas imediatamente", sustentou Andriy Yermak por videoconferência durante uma reunião do Comité para os Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, em Bruxelas (Bélgica).

Para o responsável pelo gabinete de Volodymyr Zelensky, o Presidente russo, Vladimir Putin, "está preparado" para prolongar a guerra por achar que os militares que estão a combater por Moscovo "são dispensáveis", em contraste com o apoio na Rússia que "é muito forte".

Putin quererá continuar a invasão que começou há quase um ano e "a propaganda fará o resto" junto da população russa, completou Andriy Yermak.

O responsável apelou também ao reforço do apoio dos Estados-membros da União Europeia até o país "restaurar por completo a sua integridade" e acabar com a "a guerra em larga escala [que] estava a ser planeada há nove anos."

A invasão é uma "guerra contra os valores da União", pelo que, na ótica de Andriy Yermak, "é inútil tentar falar com Moscovo".

"Quanto mais tempo durar [a guerra], mais recursos serão utilizados, mais vidas se perderão, mais o mundo vai sofrer", previu.

Os países que tentam "permanecer neutros, acreditando que isso vai estar alinhado com os seus interesses, estão errados", considerou Andriy Yermak, já que essa postura "apenas lhes dá a hipótese ínfima de serem comidos no fim".

Aumentar o apoio militar à Ucrânia "é um investimento no futuro" da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), referiu, dirigindo-se aos eurodeputados daquele comité.

"Tenho a certeza de que não haverá um [acordo de paz] formato de Minsk ou da Normandia", comentou Andriy Yermak, que também rejeitou as dúvidas de alguns eurodeputados que questionaram como era possível vencer uma superpotência como a Rússia: "Estamos há 11 meses a demonstrá-lo!"

Na ótica de Kiyv, a guerra no país está a ser alimentada "pelos fascistas" do Kremlin.

Nesta reunião participou também o antigo secretário-geral da NATO Anders Fogh Rasmussen (que foi também primeiro-ministro da Dinamarca).

A situação na Ucrânia "continua extremamente precária" -- com "vagas de ataques com mísseis e drones" -- e Rasmussen considerou que Moscovo sabe "que a janela no campo de batalha está a fechar", por isso, "vão tentar exercer o máximo de pressão agora".

E em consonância com aquela que é a opinião do atual secretário-geral da aliança militar, Jens Stoltenberg, apelou à entrega "de mais armamento e mais pesado".

"A melhor maneira de garantir o fim desta guerra é os aliados prepararem-se para um conflito longo e através da entrega de mais armamento e mais pesado", sustentou.

A União Europeia e a NATO não podem "permitir que Putin vença esta guerra", sob pena de continuar a conquistar territórios, uma narrativa que está presente nos responsáveis dos Estados-membros pertencentes à NATO desde o início da invasão russa.

Leia Também: Kyiv precisa de "centenas de tanques" para combater agressão russa

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas