Von der Leyen (e comissários) em Kyiv para discutir novos apoios

O colégio de comissários europeus reúne-se, esta quinta-feira, com elementos do governo ucraniano, em Kyiv, para discutir o apoio ao país invadido pela Rússia há quase um ano e na véspera da cimeira bilateral.

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Lusa
02/02/2023 07:04 ‧ 02/02/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

O programa de reuniões desta quinta-feira não foi divulgado, tal como o nome dos comissários que viajaram na quarta-feira para a capital ucraniana, por questões de segurança e a pedido das próprias autoridades do país, revelou na terça-feira fonte comunitária.

Naquela que é também a quarta deslocação a Kyiv da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, desde o início da guerra em 24 de fevereiro de 2022, sabe-se que o colégio de comissários vai reunir-se com vários elementos do governo de Volodymyr Zelensky para discutir a cooperação entre os 27 e a Ucrânia em "áreas relevantes" para a Ucrânia.

Estão previstos encontros bilaterais entre comissários e ministros à margem deste encontro.

Entre as prioridades da discussão deverão estar o próximo pacote de sanções à Rússia e os apoios financeiro, militar e humanitário à Ucrânia. Na terça-feira, Andriy Yermak, responsável do gabinete de Zelensky, apelou à inclusão de propagandistas russos nas sanções impostas por Bruxelas, para menorizar o apoio que o presidente russo, Vladimir Putin, consegue entre a população russa.

A reunião do colégio com o governo antecede a cimeira entre a União Europeia (UE) e a Ucrânia, na sexta-feira, que vai realizar-se em Kyiv numa altura em que as Forças Armadas russas intensificam a ofensiva e bombardeiam infraestruturas civis.

Por essa razão, os chefes de Estado e de governo dos Estados-membros europeus vão fazer-se representar por von der Leyen, pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e pelo alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Na cimeira, o principal assunto vai ser a adesão de Kyiv ao bloco comunitário, que o país deseja alcançar até 2026, mas Bruxelas terá de gerir as expectativas do já candidato à integração. Há passos importantes de um processo que é moroso e que a maioria dos países europeus diz que têm de ser alcançados antes da integração plena.

Ainda assim, e face aos esforços de Kyiv, nomeadamente com uma campanha anticorrupção que na última semana levou à queda de dez responsáveis governamentais e locais, poderá levar a UE a concessões à Ucrânia em matéria de comércio e entrada no Mercado Interno.

Leia Também: Ucrânia. Polónia disponível para enviar caças F-16 através da NATO

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